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Sporting 2-1 Portimonense | “Leão” suficiente recupera pódio

O Sporting cumpriu perante os seus adeptos e venceu na recepção ao Portimonense, por 2-1, aproveitando o empate do Sporting de Braga no sábado com o Gil Vicente, 2-2, para regressar ao terceiro lugar da classificação.

A formação leonina, porém, esteve a perder, golo de Jackson Martínez, tendo respondido de pronto num livre cobrado com mestria por Mathieu, e dado a volta ao marcador num autogolo de Jadson, já na segunda parte. Triunfo difícil para a equipa de Alvalade, apesar da superioridade patente ao longo do desafio.

O jogo explicado em números

  • O “leão” arrancou bem a partida, com boas trocas de bola e mobilidade, assente num 3-4-3 bem vincado. No primeiro quarto-de-hora, a equipa leonina registou 67% de posse de bola e o único remate do encontro, um cabeceamento de Rodrigo Battaglia que o guarda-redes Shuichi Gonda afastou para canto.
  • Mas foi o Portimonense a marcar primeiro. Aos 26 minutos, no primeiro remate enquadrado dos algarvios, Jackson Martínez trabalhou bem sobre Neto e, de fora da área, rematou colocado, com a bola a bater no poste antes de entrar na baliza leonina. Um golo contra a corrente do jogo e que gelava Alvalade. Logo a seguir, Aylton Boa Morte obrigou Luís Maximiano a grande defesa.
  • O Sporting estava a perder em casa à meia-hora com o 17º classificado e com dificuldades para criar lances de perigo, mas aos 32 minutos chegou ao empate. Mathieu – uma das novidades da equipa, regressado de lesão e no lugar de Borja, que esteve na derrota com o Braga – cobrou um livre directo de forma perfeita e Gonda nada podia fazer. Golo ao quarto disparo leonino, segundo enquadrado.
  • O defesa francês registava, assim, o melhor rating nesta fase, um 7.3, à frente de Luciano Vietto, com 6.5, sendo o argentino a outra alteração em relação ao “onze” da Pedreira – entrou para o lugar de Eduardo. Vietto registava três dribles eficazes (100%) e era a principal fonte de desequilíbrios ofensivos.
  • Mas as dificuldades leoninas em criar lances de perigo prosseguiram até ao intervalo, pelo que ocasiões de golo nem vê-las, de um lado e do outro, apesar de as duas equipas se equilibrarem em tentativas de remate.
  • Intervalo Primeira parte com fogachos de bom futebol, mas na generalidade muito morno. O Sporting assumiu desde cedo as despesas ofensivas, mas nunca conseguiu ligar verdadeiramente o seu jogo, com o Portimonense a aproveitar alguma falta de pressão leonina no meio-campo para atacar e marcar, apesar de se ter deixado empatar logo a seguir. O “leão” foi superior nos principais momentos de jogo, em especial na posse, menos no remate, com ligeira vantagem contrária, e realce para a boa qualidade de passe das duas equipas. Mathieu era o melhor em campo ao intervalo, com um GoalPoint Rating de 7.4, fruto do grande golo que marcou.
  • O jogo não teve grandes melhorias no arranque do segundo tempo. O Sporting continuava a mandar nos acontecimentos e registava 63% de posse à passagem da hora de jogo, com cinco remates, mas nenhum enquadrado. O Portimonense aproveitava os espaços para contra-atacar com algum perigo, perante um “leão” que já havia mudado o seu esquema para quatro defesas, com a saída de Neto e a entrada de Jovane Cabral.
  • Aos 66 minutos a melhor oportunidade do Sporting até então. Vietto isolou-se a passe de Sporar e, perante Gonda, atirou para defesa do guardião nipónico, que fez uma “mancha” perfeita e negou o segundo aos “leões”.
  • Muito bem Jackson Martínez na partida. É certo que o Sporting atacava mais e tinha mais bola (64% à passagem dos 70 minutos), mas o atacante colombiano, apesar das limitações físicas, registava um rating de 6.6, pelo golo, mas também pelos quatro duelos aéreos ofensivos que havia ganho.
  • O Sporting acabaria mesmo por marcar o seu segundo golo, aos 72 minutos, consumando a reviravolta. Marcos Acuña cruzou da direita, Jovane Cabral amorteceu de cabeça para a pequena área, mas a bola, antes de chegar a Sporar, acabou desviada para a própria baliza por Jadson.
  • Até final, o Sporting perderia o concurso de Mathieu, lesionado, entrando Doumbia e recuando Battaglia para central, e veria Wendel a acertar com estrondo no poste esquerdo da baliza contrária.

O melhor em campo GoalPoint

A classe não tem idade e, aos 36 anos, num jogo que começava a complicar-se para o Sporting, o defesa-central francês decidiu recorrer a uma das suas qualidades, a conversão de livres directos, para marcar um golo soberbo. Mathieu foi o melhor em campo no relvado de Alvalade, com um GoalPoint Rating de 7.7, fruto não só do golo, mas também de um passe para finalização, 88% de eficácia de passe e dois duelos aéreos defensivos ganhos em três. Saiu a meio da segunda parte, lesionado.

António Cotrim / Lusa

Jogadores em foco

  • Wendel 6.8 – Trabalho defensivo de qualidade e acutilância ofensiva. O brasileiro esteve um pouco por todo o lado, terminando o jogo com 11 recuperações de posse, máximo do jogo a par de Acuña, mas também com três desarmes, dois dribles completos em três, 91% de eficácia de passe e três passes para finalização.
  • Marcos Acuña 6.7 – Primeiro a fazer todo o corredor, num sistema de 3-4-3, depois a lateral-esquerdo, numa linha defensiva a quatro. O argentino esteve sempre muito activo, imprimindo uma energia extra ao jogo leonino, terminando com dois passes para finalização, três cruzamentos eficazes em seis, dois duelos aéreos defensivos ganhos em quatro e as tais 11 recuperações de posse.
  • Luciano Vietto 6.6 – A jogar solto na frente de ataque, o argentino foi sempre dos mais esclarecidos na equipa leonina e terminou mesmo como o mais rematador, com seis disparos, ocupando a vaga de Bruno Fernandes entre os que mais disparos fazem. Contudo, enquadrou somente um. Excelente no drible (completou as quatro tentativas, duas no último terço), só não tem melhor nota porque desperdiçou uma ocasião flagrante.
  • Jackson Martínez 6.4 – O melhor dos algarvios em Alvalade. O colombiano marcou o seu primeiro golo nesta Liga 2019/20, ao 36º remate, num disparo colocado na primeira parte, e terminou com três “tiros”, um passe para finalização e quatro duelos aéreos ofensivos ganhos em sete.
  • Rodrigo Battaglia 6.2 – O argentino parece ter ganho em definitivo o lugar de médio-defensivo, mostrando qualidade nos diversos momentos de jogo e tendo terminado mesmo a defesa-central, após a lesão de Mathieu. Battaglia enquadrou um de três remates, completou 69 de 77 passes (90%), ganhou os quatro duelos aéreos ofensivos em que participou e registou 96 acções com bola, número apenas igualado por Wendel.
  • Shuichi Gonda 6.2 – Exibição positiva do guardião japonês, que começou por negar o golo a Battaglia logo no arranque do jogo e impediu um tento de Vietto na segunda parte, ao sair-se da baliza de forma destemida. Ao todo registou três defesas, todas a remates na sua grande área.

GoalPoint

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