Paços 0-2 Sporting | Leão predador “devora” castor

O “leão” foi rei e senhor na visita à Capita do Móvel, numa partida a contar para a 11ª jornada da Liga Bwin.

Após uma primeira parte dividida, não obstante o maior caudal dos forasteiros, na etapa final veio à tona a maior pujança leonina, que resolveu a contenda em dois rugidos: Gonçalo Inácio abriu o “score” e Pote fechou as contas.

Os campeões nacionais, que venceram dez dos últimos 11 encontros em que participaram – na Liga ganham de forma consecutiva há seis jornadas, tendo consentido nesta fase apenas um golo -, juntaram-se ao FC Porto no topo da tabela do campeonato. Já os anfitriões, que não perdiam há quatro encontros, aumentaram para sete o número de jogos em que não vencem na competição.

“Leão” devorou “castor” numa segunda parte em que foi letal

Os primeiros 48 minutos foram de alta voltagem na Capital do Móvel e só faltaram os golos para aquecer um duelo efervescente.

O Sporting puxou dos galões e, nos dez minutos iniciais, rondou o golo em três momentos: Flávio travou Paulinho (2’), André Ferreira defendeu um cabeceamento de Coates (8’) e Esgaio viu o guardião contrário estragar-lhe a festa (10’).

Os pacenses responderam e viram João Pedro (11’) atirar às malhas laterais. Sempre numa feroz rotação, o perigo voltou a rondar as duas balizas: Esgaio voltou a tentar a sorte (32’), “Pote” falhou por centímetros a glória (43’) e já em período de descontos, Antunes quase fazia uma desfeita ao antigo clube, valendo a rapidez de Matheus Reis (46’).

Nuno Santos, que foi uma das duas novidades no “onze” leonino, aproveitou a oportunidade, esteve seguro a defender e criou perigo no ataque, tendo sido o MVP neste período com um rating de 6.3. O ala fez todo o corredor esquerdo e acumulou dois passes para finalização, seis cruzamentos, três passes aproximativos, 36 acções com o esférico e dois desarmes.

Os golos que faltaram na etapa inicial, apareceram no período complementar, mas apenas na baliza do Paços. Na sequência de um canto, Coates (sempre ele) desta feita não marcou mas ofereceu o 0-1 a Gonçalo Inácio. Com os donos da casa em busca do empate, abriu-se uma cratera, Esgaio assistiu e “Pote” aproveitou para fazer o que melhor sabe, marcar.

Os homens de Jorge Simão nunca desistiram, mas já não foram a tempo de evitar a 12ª derrota de rajada dos pacenses diante dos “leões” – que viram Paulinho (73′) e Daniel Bragança (94′) falhar quando tentavam ludibriar André Ferreira da mesma forma, com um chapéu, que em ambas as situações saíram com aba curta, e a equipa de arbitragem anular um tento a Coates após ser auxiliado pelo VAR aos 76 minutos.

O Paços não ganha aos lisboetas há 16 encontros. O último triunfo (1-0) remonta à longínqua temporada 2012/13.

Manuel Fernando Araújo / Lusa

O MVP GoalPoint

O matador está de volta. Pedro Gonçalves recuperou da lesão (inflamação no pé esquerdo) que o deixou fora dos relvados várias semanas.

Recuperou da mazela, voltou à acção e encontrou o caminho dos golos. Após o bis diante do Besiktas, deixou a sua marca este domingo, somando já sete tiros certeiros em todas as competições.

Além do tento, Pote esteve sempre ligado no jogo, tendo acumulado três remates, dois passes para finalização, seis passes aproximativos, recebeu 12 passes aproximativos (máximo no duelo), foi eficaz em três dos quatro dribles que arriscou, recuperou a posse em quatro ocasiões e fez dois desarmes.

Não fossem os dois dribles consentidos e teria tido uma nota ainda elevada, nada que manche o título de MVP e o GoalPoint Rating de 7.4.

Destaques do Paços

André Ferreira 7.1 – Não foi por ele que o Paços saiu derrotado. O guardião foi adiando a festa do Sporting como conseguia, tendo feito seis defesas, todas em remates que tiveram origem na área dos anfitriões. Sem culpas em nenhum dos dois tentos sofridos.

Jorge Silva 5.6 – Apesar de ter saído aos 68 minutos, foi o segundo elemento dos pacenses com melhor nota, que se explica pelos dois cruzamentos feitos, 40 acções com a bola, cinco recuperações da posse, dois desarmes, outros tantos alívios e duas faltas sofridas.

Antunes 5.3 – Em cima do intervalo viu Matheus Reis estragar-lhe a festa, cortando um remate que levava a direcção da baliza sportinguista. O lateral-esquerdo foi responsável por mais outro remate, quatro cruzamentos, cinco passes aproximativos, dois desarmes, pecando apenas nas 24 vezes (máximo negativo) em que perdeu a posse de bola.

Destaques do Sporting

Nuno Santos 7.0 – Foi o MVP na primeira parte e mesmo tendo perdido o título para “Pote”, foi uma das principais armas dos visitantes. Sempre intenso, esteve assertivo nas tarefas defensivas – dois desarmes, duas intercepções e dois cruzamentos/remates bloqueados – e mostrou-se no ataque com dois remates, três passes para finalização, sete passes valiosos (registo que mais ninguém alcançou), sete cruzamentos (também marca que ninguém bateu esta noite), três passes super aproximativos e quatro conduções aproximativas. Exibição de encher o olho.

Coates 6.8 – Mais uma vez decisivo. Assistiu Gonçalo Inácio, ainda festejou, mas Nuno Santos estava em posição irregular, e foi gigante com quatro acções com a bola na área adversária, quatro duelos aéreos defensivos ganhos nos cinco em que interveio e quatro recuperações da posse.

Gonçalo Inácio 6.7 – Abriu o activo, somando dois golos na Liga, foi importante a construir com nove passes aproximativos (máximo no duelo), quatro alívios e duas variações de flanco.

Sarabia 6.5 – Mais uma boa “performance” do espanhol. Realce para os dois passes para finalização feitos, oito passes aproximativos e três acções defensivas no meio-campo contrário.

Bruno Tabata 6.4 – Elogiado no final da partida por Rúben Amorim, justificou os 25 minutos em que foi utilizado, com dois remates, o passe que fez para Esgaio na génese do 0-2, 20 acções com a bola e quatro recuperações da posse.

João Palhinha 6.3 – O esteio da zona central voltou a exibir-se em bom plano: dois remates, um passe valioso, venceu os quatro duelos aéreos ofensivos em que interveio, contabilizou quatro desarmes e três acções defensivas no meio-campo contrário.

Matheus Nunes 6.2 – Aos 11 minutos perdeu a bola em zona proibitiva e quase ofereceu o ouro a João Pedro. Redimiu-se e esteve em foco com dois passes valiosos, quatro dribles certeiros e cinco tentados, sete recuperações de bola, cinco intercepções (máximo no jogo) e quatro acções defensivas no meio-campo adversário.

Ricardo Esgaio 6.0 – Foi a outra novidade no “onze” e não destoou, somou dois remates, uma assistência para “Pote”, cinco cruzamentos, oito passes aproximativos recuperados e quatro acções com a bola na área contrária.

Daniel Bragança 5.3 – No período de descontos ficou a centímetros de assinar o 0-3, desperdiçando uma ocasião flagrante. Em 13′, somou nove passes certos em dez (90% de eficácia) e 11 acções com a bola.

Paulinho 5.2 – Não foi por falta de oportunidades que não marcou, tentou visar a baliza contrária em três ocasiões, falhou uma oportunidade flagrante, tendo ainda gizado sete passes aproximativos.

Resumo

GoalPoint

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