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Laboratório da Universidade de Évora investigado por falsear análises após derrame

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O Laboratório de Ciências do Mar da Universidade de Évora está a ser investigado por alegadamente ter falseado análises à qualidade da água, no âmbito de um derrame de fuelóleo, no Porto de Sines, em Outubro de 2016.

A notícia é avançada pelo Jornal de Notícias que salienta que o Ministério Público (MP) de Setúbal está a investigar o Laboratório de Ciências do Mar (CIEMAR) da Universidade de Évora. Em causa estão as análises efectuadas à qualidade da água, após o derrame de fuelóleo que ocorreu no Porto de Sines, em Outubro de 2016.

Os resultados do CIEMAR, que é financiado pela Administração do Porto de Sines, concluíram que a água não estava contaminada, ilibando o navio responsável pelo derrame, o MCS Patricia, de qualquer crime.

Mas um outro estudo, que foi solicitado pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) ao Instituto Hidrográfico de Lisboa (IH), concluiu que a água estava poluída, apurando que os níveis de naftaleno eram duas mil vezes superiores aos definidos pela Norma de Qualidade Ambiental.

O MCS Patricia foi, assim, acusado de um crime ambiental, com perigo comum. Este é o primeiro crime deste género a ser julgado em Portugal, nota o JN.

De acordo com o jornal, a Polícia Marítima apurou que as amostras do CIEMAR foram a 50 centímetros da superfície da água, o que terá evitado a recolha do produto poluente.

Já a Universidade alega que o IH fez análises ao fuelóleo e não à água, defendendo que isso explica os resultados apurados. Também defende o seu método de análise, notando que é utilizado desde 1997.

A Administração do Porto de Sines alinha pelo mesmo discurso, referindo, em nota ao JN, que “a Polícia Marítima procedeu à recolha de produto derramado (fuelóleo) e o CIEMAR à recolha de água”. Assim, “seria muito estranho, ou grave, se os resultados fossem coincidentes ou semelhantes”, conclui a entidade.

ZAP //

2 Comments

  1. Em Portugal, pós-abrilada de estroinas, tudo se compra tudo se corrompe tudo se desbarata e tudo se destroi.
    Se Portugal fosse um estado de direito, que não é mas apenas uma rêspublica de bananas podres e corruptas, no dia seguinte ja o reitor director chefe laboratorio etc tinham sido chamados a capaitulo, e a pronunciar-se imediatamente sobre a VERGONHA e CRIME do sucedido.
    Mas Portugal é agora uma merda de brandos costumes, dum povo docil domesticado e manso, tão manso que se vai auto-destruindo.

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