Homicídio de Kirk cria momento de tensão no Parlamento Europeu

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Eurodeputados tentaram fazer um minuto de silêncio, que a mesa não deixou. Bateram nas mesas e o slogan “Eu sou Charlie” apareceu.

Charlie Kirk foi assassinado nesta quarta-feira. O ativista conservador, e apoiante de Donald Trump, foi baleado durante um discurso num evento na Universidade de Utah Valley, nos EUA.

A morte do jovem de 31 anos originou um momento de tensão no Parlamento Europeu, no dia seguinte.

Nesta quarta-feira houve sessão plenária do Parlamento Europeu. A certa altura, Charlie Weimers, eurodeputado do partido de direita radical Democratas da Suécia, falou sobre Charlie Kirk, um “pai amoroso e patriota”.

Depois, pediu um minuto de silêncio em sua homenagem – mas a mesa não deixou. Katarina Barley, vice-presidente do Parlamento Europeu, avisou que a presidente Roberta Metsola tinha recusado esse momento.

Os funcionários do Parlamento Europeu explicaram na Euronews que os minutos de silêncio são anunciados pelo presidente. Se um grupo político quiser realizar um minuto de silêncio, tem de pedir na abertura da sessão plenária; e não durante a sessão.

Diversos eurodeputados à direita reagiram mal. András László, do Fidesz da Hungria (partido de Viktor Orbán) publicou o vídeo no X:

“Como era de esperar, a cadeira socialista não permitiu. A presidente socialista começou logo a falar. Nós apoiamos o Charlie! Depois começámos a bater na mesa para impedir que a mesa falasse”, relatou o húngaro.

“Temos de livrar a Europa da ideologia do despertar”, alegou o eurodeputado.

Outros eurodeputados – que também protestaram neste momento – publicaram mais tarde, no X, uma imagem “Eu sou Charlie”. É um slogan associado ao ataque terrorista à revista Charlie Hebdo, e um gesto da liberdade de expressão.

ZAP //

5 Comments

  1. Será que estes eurodeputados fazem um minuto de silêncio quando são assassinados cidadãos da UE? “In 2023, there were 3 930 intentional homicides in the EU”

  2. Tensão? Um dos momentos mais negros da história do Parlamento Europeu. Quando vemos o comportamento de animais selvagens a denegrir um jovem de 31 anos que nem era político, que as armas dele eram o dialogo e argumentos e dava o microfone a todos que quisessem falar. E ele é o fascista?

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  3. A deputada sabia perfeitamente que se um grupo político quiser realizar um minuto de silêncio, tem de pedir na abertura da sessão e não durante a sessão. O objectivo era mesmo que o a presidente da mesa não deixasse, para depois o Orbán e os amigos terem pretexto para se fazerem de vítimas. Fazem sempre isso.

  4. Vá, a seguir peçam um minuto de silêncio para Anders Breivik! E já agora a sua libertação pois obviamente que é um santo!

    Sou o primeiro a dizer que o que fizeram ao rapaz é do mais errado que pode ser feito. Um assassinato profissional, para toda a gente ver, incluindo as filhas pequenas e a mulher com um tiro de máximo impacto visual. Ainda por cima quando ele denotava já que se apercebia que algumas das suas convicções anteriores tinham de ser postas em causa. Quem beneficia, portanto, com a sua morte?

    Mas estar a pedir, a meio da sessão, um minuto de silêncio, creio que é de mau gosto e só mostra que o parlamento europeu é tão irrelevante quanto o português.

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