A NASA, na tarde desta terça-feira, oficializou a despedida do Telescópio Espacial Kepler, uma espaçonave pioneira que colaborou na descoberta de planetas além do Sistema Solar.
O anúncio da morte do caçador de planetas da NASA não foi totalmente inesperado. O Kepler estava a ficar sem combustível há meses e os cientistas da missão fizeram a nave espacial adormecer várias vezes recentemente para estender a sua vida operacional o máximo de tempo possível.
O Kepler e a sua missão de acompanhamento, o K2, ajudaram os investigadores a descobrirem que os planetas são incrivelmente comuns.
Entre outras descobertas, foram encontrados recentemente mais 24 exoplanetas nos dados da 10ª campanha de observação, somando à crescente “colheita” de planetas confirmados fora do Sistema Solar.
As duas missões, juntas, descobriram e confirmaram a existência de 2.681 planetas e identificaram muitos mais sinais em redor de estrelas distantes que poderiam ser planetas, mas que ainda aguardam confirmação.
Agora, outro telescópio está pronto para continuar o trabalho de Kepler. A NASA lançou o Transiting Exoplanet Survey Satellite ainda no início do ano. O TESS possui um longo caminho antes de chegar ao Kepler mas, em algum momento, irá ocupar a posição de Kepler na descoberta de planetas.
À medida que os engenheiros preservam os novos dados armazenados no Kepler, os cientistas continuam a estudar os dados já transmitidos. Com os avanços tecnológicos, muito após do fim de Kepler, os cientistas poderão analisar os planetas em trânsito a partir de dados recolhidos pelo lendário caçador de planetas.
“Agora, por causa de Kepler, o que pensamos sobre o universo mudou”, diz Paul Hertz, diretor da divisão de astrofísica da NASA.
Sem dúvida, o legado de Kepler é imenso e já faz parte da história. Kepler sempre foi considerado uma maravilha da engenharia e detetou inúmeros planetas. Que descanse agora em paz, no meio das estrelas que explorou e dos planetas que descobriu.
ZAP // Oficina da Net / Scientific American
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