Kamala já era nome famoso nos EUA. E também era Harris (mas os combates eram outros)

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O “Gigante do Uganda” deixou a sua marca no wrestling. Após vários problemas de saúde, o coronavírus foi fatal.

Aparecia no ringue com pinturas na cara e no peito que o tornavam inconfundível – além do peso também bem quase único.

Dava palmadas constantes na própria barriga, queria cumprimentar os adversários, não sabia como terminar uma luta, parecia quase sempre desorientado mas ganhava quase sempre os combates.

Eis Kamala. Que curiosamente também tinha o apelido Harris: James Arthur Harris, nome de nascimento; que no wrestling (WWF -World Wrestling Federation) era conhecido como Kamala.

O “Gigante do Uganda” até nasceu nos EUA (Mississippi), em 1950. Tinha quatro anos quando o seu pai foi assassinado durante um jogo de dados.

Ainda era adolescente quando começou a assaltar casas. Saiu da cidade natal (antes que o matassem), foi para Flórida, depois para Michigan, e foi aí que conheceu um wrestler, Bobo Brazil (Houston Harris) – que viria a ser o seu treinador, primeiro em Michigan, depois em Arkansas.

Começou a sua carreira como wrestler aos 28 anos, em 1978, na altura sob a alcunha “Sugar Bear” Harris. Depois “Ugly Bear” Harris, “Big” Jim Harris ou “Bad News” Harris.

Curiosamente, foi durante uma passagem pelo Reino Unido que começou a ensaiar as características que viriam a originar o Kamala – um personagem vindo do Uganda, um cruel caçador de talentos com pintura facial e corporal copiada de uma pintura de Frank Frazetta. E que alegadamente tinha sido guarda-costas do presidente deposto de Uganda, Idi Amin.

Foi graças à insistência do mítico André the Giant que se estreou na WWF, em 1984. Entre saídas e regressos, tornou-se uma das figuras mais conhecidas no mundo do wrestling, incluindo por cá, quando a RTP transmitiu diversos dos seus “combates”.

Especula-se que nunca entrou no Hall of Fame da WWF porque foi um dos wrestlers que colocou a entidade em tribunal, queixando-se de lesões cerebrais que a WWF sempre escondera do público.

Já depois de deixar os ringues, os problemas de saúde acumularam-se. Hipertensão, diabetes, duas pernas amputadas.

Apareceram também problemas financeiros, não tinha dinheiro para pagar os tratamentos médicos.

Depois de diversos problemas, apareceu outro, desta vez fatal: COVID-19. Em 2020, Kamala foi apanhado pelo coronavírus, as complicações foram ainda maiores e não resistiu – paragem cardíaca. Tinha 70 anos.

Fica um excerto de um duelo com Tatanka (que não é o cantor português):

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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1 Comment

  1. Sinceramente o que tem a ver este “artista” com a Candidata Kamala Harris . Este tipo de referencia é no mínimo de mau gosto . Também temos muitos Antonios , Marcelos , e outros “artistas” que nada tem a ver com quaisquer Candidato a un cargo Politico , au serem citados en período Eleitoral , é somente com intenção de os denegrir via C.S !

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