Denúncia interna que visou o ex-presidente do PSD e outros 11 funcionários do partido aponta também para a possibilidade de a prática se estender a outros partidos.
A investigação ao alegado uso indevido de subvenções que decorre no partido social-democrata vai estender-se aos assessores dos outros partidos da Assembleia da República.
O objetivo do alargamento da operação será averiguar se estes funcionários trabalham para os seus grupos parlamentares ou se recebem quantias sem terem qualquer atividade na Assembleia.
A denúncia do caso corrente, proveniente de dirigentes anónimos do PSD, também apontava para a possibilidade de existirem outras situações semelhantes noutros grupos parlamentares. O próprio visado e ex-líder do PSD, Rui Rio, afirmou desde o início da investigação que a prática é transversal a todos os partidos.
“Os pagamentos não são ilícitos, isto são os partidos todos, porque é que é só o PSD?”, partilhou, a 11 de julho, com os jornalistas, a ideia que tem vindo a reforçar desde então.
11 funcionários do partido da oposição foram mencionados na denúncia, todos alvos das 20 buscas que decorreram na manhã de 12 de julho, no Porto, das quais 14 domiciliárias, cinco a instalações do partido e uma a instalações de um revisor oficial de contas, dispersas pela zona da Grande Lisboa e na região norte do país. Em causa suspeitas de um esquema de pagamento de ordenados a funcionários do PSD com recurso a verbas da Assembleia da República.
Segundo o Expresso, através de diferentes fontes próximas do processo, as autoridades estão “indignadas” com aquilo a que chamam de “narrativa falsa”, refutando as críticas na totalidade. Argumentam que o MP é obrigado por lei a instaurar um inquérito sempre que há uma denúncia. “Se o MP viesse a arquivar a queixa, diriam que as autoridades estavam a encobrir Rui Rio”, diz uma fonte judicial.
Por terem sido recolhidos nos últimos três anos indícios de ilícitos criminais de natureza pública que foram no mesmo sentido do relato dos denunciantes, era “imperioso operacionalizar e agir simultaneamente em várias frentes, para que não fossem sonegadas provas importantes”, afirma.
3 horas dá para sonegar muita prova e avisar muita gente…
Deviam ter arrombado a porta, que é o seu dever!
Quando finalmente a justíça começa a querer ser cega, é logo atacada por não olhar a quem visa!
Francamente!!!
O pior é que sendo a questão transversal, depressa os visados, que criam as leis, vão com elas algemar a justíça e a Polícia!
Depois do caso Casa Pia, houve cortes brutais no orçamento da PJ, agora devem aí vir novos cortes! Se não houver combustível e andarem descontentes, já os processos ficam mais tempo nas secretárias…
VERGONHA!
Ó Luís…o seu problema é não compreender nada do que se passa à sua volta. Esta situação, na realidade, nem crime é. O que é trabalho partidário ou trabalho parlamentar?!?! Faz algum sentido essa diferença?!? Enfim, andamos a perder tempo com miudezas quando os negócios das forças armadas, os negócios dos tutti frutti e outros passam ao lado.