/

Justiça não pode usar “segredos” de Rui Pinto sobre o BES

7

Mário Cruz / Lusa

A Justiça portuguesa não pode utilizar os inúmeros ficheiros encontrados por Rui Pinto e que foram apreendidos pela PJ na sua casa em Budapeste, na Hungria, entre os quais constam informações sobre o Banco Espírito Santo (BES).

De acordo com o Correio da Manhã, que avança a notícia esta sexta-feira, os dados em causa já foram abertos e por terem sido obtidos ilegalmente pelo pirata informático português não deverão dar origem a nenhum processo-crime.

Informações sobre o BES que constavam nos vários discos rígidos apreendidos e que já foram visualizadas pelas autoridades não poderão assim ser utilizadas como provas.

A soma de dois males nunca pode produzir um bem”, referiu Cláudia Pina, juíza na decisão instrutória que levou o caso da alegada extorsão à Dohen a julgamento.

A magistrada deixou assim de lado qualquer possibilidade de uma investigação paralela com as informações obtidas, ainda de acordo com o CM.

O Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa decidiu levar a julgamento Rui Pinto, criador do Football Leaks, por 93 crimes de acesso ilegítimo, acesso indevido, violação de correspondência, sabotagem informática e tentativa de extorsão, deixando cair 53 crimes.

Em setembro de 2019, o Ministério Público acusou Rui Pinto de 147 crimes, 75 dos quais de acesso ilegítimo, 70 de violação de correspondência, sete deles agravados, um de sabotagem informática e um de tentativa de extorsão, por aceder aos sistemas informáticos do Sporting, da Doyen, da sociedade de advogados PLMJ, da Federação Portuguesa de Futebol e da Procuradoria-Geral da República, e posterior divulgação de dezenas de documentos confidenciais destas entidades.

O hacker português Rui Pinto voltou esta quinta-feira ao Twitter, acusando a Justiça portuguesas de querer silenciar escândalos como o Luanda Leaks.

ZAP //

 

7 Comments

  1. Deviam era actualizar a lei de protecção do denunciante. Pelos vistos essa lei data de 1937, na altura ainda não havia informática alguma.

    • Isso está fora de questão!
      Ia atrapalhar definitivamente as negociatas da malta do sistema.
      E já agora, nem vale a pena investigar nada, por mais informação que exista porque foi obtida de forma ilícita. Então justifica-se que não se faz nada porque são provas ilícitas…!
      Descubriram a pólvora, vários séculos depois dos chinocas…!
      Assim é que é: pra frente Portugal!

  2. Não podem, não, não querem usar que é uma diferença muito grande!
    Mais uma vez a corrupção na justiça portuguesa bem demonstrada em mais um exemplo mais que flagrante!
    No mínimo uma vergonha para qualquer juíz que realmente tenha brio no seu trabalho, coisa que não existe em portugal!

  3. “A soma de dois males nunca pode produzir um bem”………..Como a compreendo !!!!…….. É muito melhor ignorar os Males Maiores, para o proveito da Mafia Nacional e Internacional!

  4. não existe um “mal”, nem dois “males”, nem existe “contas” de somar ou dimuinuit a fazer!!!
    É uma mega burla essa argumentação, a insultar a inteligencia dos portugueses!
    O que há é fazer Justiça, defender o Estado de Direito e os Direitos dos portugueses e é para isso que os portugueses lhe PAGAM! Mas pelos vistos a Sra. não está consciente disso. Ou então deve ser alguma retornada que faz do Estado de Direito o “seu” Estado de Direito. Dá jeito ter estas “peças” sem escrupulos e astutas na arguemtação, porque acabam por ser cumplices de criminosos!
    A Justiça é perseguir e condenar TODOS os criminosos que a Sra. por qualquer TENHA CONHECIMENTO. Se não proceder assim está a dar cobertura aos criminosos-
    Assim comoa Sra faz, PT não é Estado de Direito!!!
    O Rui Pedro deveria explorar esta Via e solicitar um Julgamento fora do País, porque manifestamente a Sentença já está Lavrada!
    Isto é uma coboiada de garotos que fazem o que querem com a Justiça, o Expediente Juridico, e Estado de Direito.
    Isto é Africa, onde não há Lei.
    Deve ser retornada, só pode ser.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.