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Juiz ordena exame psiquiátrico a Marine Le Pen

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A líder da extrema-direita francesa insurgiu-se contra a decisão de um juiz de lhe impor um exame psiquiátrico por ter divulgado, em 2015, no Twitter fotografias de execuções do Estado Islâmico.

“É verdadeiramente alucinante. Este regime começa a ser assustador”, escreveu a líder da União Nacional (ex-Frente Nacional), Marine Le Pen, no Twitter, ao publicar o documento judicial.

A ordem data de 11 de setembro e foi emitida pelo juiz instrutor do processo em que a líder da extrema-direita é acusada de “difusão de imagens violentas” e nela é ordenada a realização de um exame psiquiátrico “no mais breve prazo”.

“Eu achava que era legítimo, mas não! Por denunciar os horrores do Daesh em tweets, a ‘justiça’ submete-me a perícia psiquiátrica! Até onde é que eles irão?“, reagiu a política.

O exame, lê-se na ordem judicial, visa determinar “se está condições de compreender o discurso e de responder às questões” e se “a infração apontada tem relação com elementos factuais ou biográficos da interessada”.

A 16 de dezembro de 2015, Le Pen divulgou na rede social fotografias de execuções do Estado Islâmico, em resposta ao jornalista Jean-Jacques Bourin, da BFMTV-RMC, que esta acusava de ter “feito um paralelo” entre o grupo jihadista e a Frente Nacional.

Le Pen criticou o jornalista pelo que considerou uma “derrapagem inaceitável” e “declarações imundas” e, identificando-o na publicação, divulgou três fotografias com a frase: “O Daesh é isto!”.

As imagens mostravam um soldado sírio, vivo, esmagado pelas lagartas de um tanque; um piloto jordano queimado vivo numa jaula e o corpo decapitado do jornalista norte-americano James Foley que foi assassinado, em 2012, após ter sido sequestrado na Síria.

Publicadas um mês depois dos atentados de Paris, que fizeram 130 mortos e outras centenas de feridos, as fotografias suscitaram forte polémica em França.

// Lusa

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6 Comments

  1. Nada como usar o velho truque dos exames psiquiátricos. É um esquema usado pelos tribunais para privar as pessoas do direito ao contraditório e à presunção de inocência, poder dá-las como “malucas” sem nenhuma prova ou testemunha e sem que estas se possam defender.
    Todos os exames psiquiátricos são baseados nas peças processuais enviadas pelo ministério publico, que são consideradas como provas validas, apesar de não terem sido sujeitas a contraditório em audiência de julgamento.
    Os próprios testes são extremamente subjectivos, sem qualquer rigor científico e quase sempre contaminados pelas peças processuais.

  2. A censura de esquerda funciona assim. Já é bastante antiga esta tendencia para o autoritarismo dos socialistas, basta lembrar-mo-nos do Hitler

  3. Incrível. Os regimes totalitários da esquerda neoliberal fascista, começam a calar bocas inconvenientes. Sim isto faz medo. O que se seguirá?

  4. Será que o juiz seja originário do Magrebe? É que já são aos milhões a infestar o território francês e em breve tomarão conta do país com a conivência de certos políticos mansinhos.

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