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Jovens que veem muita televisão não entendem os riscos do fast food

Um novo estudo norte-americano revelou que a imagem positiva passada pelos anúncios de empresas de fast food contribui de forma negativa para a opinião que crianças e adolescentes têm relativamente a esse problema.

A pesquisa concluiu que os jovens que passam muitas horas em frente à televisão acreditam que a comida processada traz mais consequências positivas do que negativas.

Esta manipulação faz com que, inevitavelmente, haja um aumento no consumo deste tipo de alimentação, bem como uma propagação de um dos maiores problemas de saúde das novas gerações: a obesidade.

Recorrendo a uma amostra com mais de mil adolescentes, Cristel Russell e Denise Buhrau, as responsáveis pelo estudo, conseguiram analisar quanto tempo passam afinal as crianças a ver televisão e em que medida isso influência a sua visão sobre o fast food.

Além da constatação de que a quantidade de exposição televisiva influencia a visão sobre os riscos para a saúde, o estudo também revelou que aqueles que veem televisão com mais frequência, mas que raramente comem fast food, são também os que são mais insensíveis aos riscos que este tipo de alimentação traz para a saúde.

Por outro lado, os jovens que comem fast food de uma forma regular têm uma maior consciência dos riscos provocados para a sua saúde. Assim, de acordo com as investigadoras, os riscos para a saúde, que raramente são retratados nos anúncios publicitários, aumentam à medida que a experiência direta com o fast food também aumenta.

“Enquanto que a experiência pessoal de comer fast food leva alguém a acreditar mais rapidamente nos resultados negativos associados ao seu consumo, aqueles que não comem tão frequentemente são mais suscetíveis às influências da televisão”, explicou Russell numa entrevista.

“Dada a forte associação entre ver televisão e ter hábitos alimentares pouco saudáveis ​​entre os jovens, os especialistas de saúde pública deviam monitorizar e talvez regular a quantidade de publicidade de fast food na televisão, assim como o conteúdo dos programas”, adverte.

Para a investigadora, é necessário retratar de forma precisa as consequências provocadas por esta alimentação para assim corrigir a opinião dos jovens.

“Representar outros hábitos alimentares na programação como, por exemplo, o consumo de fruta e legumes, também devem existir, já que muitos outros estudos provaram que essa imagem positiva pode influenciar as atitudes dos telespetadores relativamente à comida saudável”, conclui.

HypeScience

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