Três estudantes brasileiras desenvolveram uma aplicação para smartphone que tem como objetivo ajudar as pessoas que têm crises de pânico ou de ansiedade.
A intenção da “Be Okay” é ajudar tanto no exato momento da crise como a longo prazo. Quando o ataque está a ocorrer, o utilizador pode observar um vídeo para acompanhar um exercício de respiração, já que a falta de ar é um dos principais sintomas.
O utilizador também pode ver fotos que o acalmam, seleccionadas previamente por si mesmo, accionar uma chamada rápida para alguém que seja capaz de ajudá-lo, entre outros recursos.
Uma das criadoras, Gabriella Lopes, de 20 anos, conta que nunca teve uma crise de pânico, mas tem amigos e familiares que já passaram pela situação.
“Conforme pesquisávamos para desenvolver a aplicação, apercebemo-nos que todos com quem falávamos conheciam pelo menos uma pessoa que já teve ataques de pânico ou ansiedade. É algo comum, e muitas vezes essas pessoas não têm qualquer ajuda”, disse a estudante de Design Digital ao OGlobo.
A plataforma foi desenvolvida através do Programa de Formação para Desenvolvimento de Aplicativos iOS, coordenado pelo Laboratório de Engenharia de Software do Centro Técnico Científico (CTC) da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, no Brasil.
Além de Gabriella, também participaram na criação as alunas Ana Luiza Ferrer, do curso de Engenharia de Produção, e Helena Leitão, de Sistemas de Informação.
“Várias das funções da aplicação para smartphone foram sugestões de pessoas que já passaram por crises de ansiedade. Uma delas disse-nos que o que a acalmava nessa altura era ver fotos de cães da raça pug”, destaca Gabriella.
“Então, decidimos criar a possibilidade de o utilizador seleccionar algumas fotos para que, nos momentos de crise, possa vê-las e relaxar. A aplicação é uma zona de conforto, como gostamos de chamar”, adiantou.
Além da ajuda imediata, é possível registar os detalhes da crise que ocorreu. Depois do ataque de pânico, a “Be Okay” oferece a opção de preencher um questionário com a hora, duração, local e sintomas.
Esta ferramenta foi acrescentada para dar ao utilizador a possibilidade de identificar quais são os gatilhos que desencadeiam o ataque e verificar com que frequência acontece.
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