Jovem acusado da morte de um menor de 14 anos, em maio do ano passado em Salvaterra de Magos, foi esta sexta-feira condenado a 17 anos e meio de prisão pelo Tribunal de Santarém.
O julgamento do jovem começou no dia 4 de abril e terminou esta sexta-feira com a leitura da sentença, no Tribunal de Santarém, avança o jornal Público.
O jovem, agora com 18 anos de idade, estava a cumprir pena na prisão-escola de Leiria e foi agora condenado a 17 anos e meio de prisão por homicídio qualificado e profanação de cadáver.
O homicídio de Filipe Costa, na altura com 14 anos, aconteceu em maio do ano passado, em Salvaterra de Magos, depois de o arguido lhe ter desferido várias pancadas, algumas na cabeça, com uma barra de ferro.
Dois dias depois, o jovem voltou ao local do crime, o 4.º andar de um prédio ao qual tinha acesso, e arrastou o corpo pelas escadas para o esconder no sótão do edifício.
Na altura, o jovem foi acusado de ter agido pela simples motivação de ficar com alguns bens pessoais da vítima como, por exemplo, o telemóvel, algumas peças de roupa e um par de sapatilhas.
De acordo com o Público, o arguido “tomava medicação desde os seis anos, perdeu o pai aos dez e foi retirado à família e institucionalizado aos 12 anos”.
Segundo o processo, uma perícia à sua personalidade levou a concluir que sofria de perturbação bipolar tipo II, com traços de personalidade anti-social.
No dia do crime, o arguido não estaria a tomar a medicação que lhe tinha sido recomendada, um facto que o próprio admitiu quando testemunhou sobre o caso.
Até hoje, o jovem terá apresentado várias versões de como tudo aconteceu, algo que para o juiz mostra “uma disparidade demonstrativa de que falta frequentemente à verdade, tentando adaptar o discurso às circunstâncias”, cita o jornal.
ZAP
Devia ser para toda a vida.