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Jovem morreu após comer massa que ficou dois dias fora do frigorífico

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Um estudante de 20 anos sofreu uma intoxicação provocada por uma bactéria que se revelou fatal, levando-o à morte após a falência do fígado. Tudo por causa de uma massa pré-cozinhada que ficou fora do frigorífico durante dois dias.

Este caso clínico raro é relatado num artigo no US Journal of Clinical Microbiology, reportando-se a um jovem belga de 20 anos que morreu em 2008.

Apesar de já terem passado alguns anos deste desfecho trágico, o caso só mais tarde foi« divulgado cientificamente, referindo que a causa de morte foi uma bactéria que se desenvolveu numa massa que ficou fora do frigorífico durante dois dias.

O jovem costumava preparar as refeições para a semana ao domingo, dividindo-as em porções prontas a aquecer no micro-ondas e guardando-as no frigorífico. Recorria com frequência à mesma receita de massa com molhos pré-cozinhados.

Todavia, na altura fatídica, deixou um dos recipientes com massa fora do frigorífico durante dois dias. Um dos colegas de apartamento pensou que a massa tinha estado fora do frigorífico apenas algumas horas e guardou-a no seu interior.

Cinco dias depois de ter cozinhado a massa, AJ aqueceu-a e comeu-a, apesar de lhe parecer que tinha um sabor estranho ao habitual – mas pensou que era de um molho novo que tinha usado.

Quando acabou de comer, começou a sentir dores de estômago, e depois, vómitos e diarreia. Gradualmente, foi piorando, até que perdeu a consciência.

Levado às urgências, os médicos começaram por achar que tinha sofrido uma intoxicação por álcool, por terem verificado uma falência hepática. Mas os exames sanguíneos não confirmaram o diagnóstico.

A sua condição foi piorando e depois do fígado, os rins também começaram a falhar e o sistema imunitário quase não reagia aos antibióticos que foi tomando.

Acabou por morrer pouco tempo depois.

A autópsia realizada confirmou que a causa da morte tão repentina foi uma infecção causada pela bactéria Bacillus cereus que costuma provocar intoxicações alimentares pouco graves.

O caso de AJ foi agravado pela presença de uma toxina que pode ser gerada pela bactéria. Estes dois factores em conjunto, juntamente com a acção do medicamento que tomou, à base de aspirina, quando se sentiu mal, levaram à acumulação letal de gordura no fígado.

As análises realizadas a amostras da massa e do molho de tomate usados pelo jovem confirmaram que a primeira estava contaminada com “quantidades significativas” da bactéria. Já o molho não continha vestígios da Bacillus cereus.

Trata-se de um caso atípico, como destacam os médicos que reportam o caso, já que muita gente come massa que ficou fora do frigorífico por mais de dois dias sem morrer. Todavia, já se verificaram casos semelhantes. Assim, o melhor é ter muito cuidado com o que se come.

ZAP //

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