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O chef espanhol José Andrés com a sua equipa
O prestigiado chef espanhol José Andrés mostra a seu preocupação quanto às crescentes necessidades de alimentação da população do planeta. Nascido nas Astúrias, alerta que um dia poderemos acordar e ter um apocalipse alimentar pela frente — e que o Oceano está a falar, mas não estamos a ouvir.
Além de ter vários restaurantes na América, José Andrés é o fundador da ONG World Central Chicken, cuja missão é fornecer alimentos a pontos do planeta afetados por crises como a tragédia provocada no ano passado em Valência pela tempestade DANA .
Em janeiro de 2025, Andrés recebeu a Medalha da Liberdade, atribuída pelo então ainda presidente dos EUA, Joe Biden. O chef tem sido presença regular em programas de televisão, e foi convidado para o podcast Where Everybody Knows, de Ted Danson e Woody Harrelson.
Em algumas das suas intervenções, Andrés tem mostrado a seu preocupação com o futuro, no que diz respeito às necessidades de alimentação no planeta. “Imagine que um dia nos levantamos e não há comida suficiente na Terra para alimentar todas as pessaos. Isso pode acontecer”, explica Andrés.
Andrés considera que os políticos deveriam dar mais prioridade a estas questões. “A tempestade perfeita pode estar a ocorrer e os nossos líderes não estão a dar conta do recado, não estão a dar importância suficiente à comida”, diz o chef espanhol à 20 Minutos.
Na verdade, o chef tem muito receio de uma coisa em particular: “Preocupa-me muito que um dia acordemos e haja um apocalipse, um apocalipse alimentar, porque um dia não teremos o suficiente”.
Andrés realça a importância de tratar o tema da alimentação de forma profunda. “É importante, mas há que aprofundar mais. Se não cuidarmos a sério da comida, vamos ter um grande problema“, sinalizou.
O chef, que tem restaurante em Nova Iorque, aborda ainda na entrevista a crise da água. “O oceano está a falar connosco, mas não estamos a ouvir. Se quisermos, algum dia num futuro próximo, alimentar 9 mil milhões ou 10 mil milhões de pessoas, vamos ter de ser criativos“, conclui o chef asturiano.