UE “horrorizada” com morte de jornalista ucraniana detida na Rússia há mais de um ano

UE exige investigação independente à morte da freelancer de 27 anos — a 13.ª a morrer desde o início da invasão russa.

A União Europeia (UE) disse hoje estar “horrorizada” com a morte de jornalista ucraniana na sequência de uma “detenção arbitrária” russa, exigindo uma “investigação independente e minuciosa” ao incidente.

“A UE está horrorizada com os relatos da morte da jornalista ucraniana freelancer Victoria Roshchyna que foi arbitrariamente detida pela Rússia”, escreveu um porta-voz do Serviço de Ação Externa.

De acordo com a “informação disponível”, a jornalista ucraniana morreu durante uma transferência de uma prisão em Taganrog para Moscovo.

A jornalista premiada, de 27 anos, ganhou destaque pela sua cobertura corajosa da guerra na Ucrânia, após a invasão russa. Trabalhou como freelancer para os meios de comunicação ucranianos Ukrainska Pravda e Hromadske Radio, bem como para a Radio Liberty, financiada pelos EUA.

Depois de desaparecer, em agosto de 2023, em regiões ocupadas pela Rússia, o Ministério de Defesa do Kremlin confirmou, só nove meses depois, que a jornalista se encontrava sob custódia russa.

“As autoridades russas nunca forneceram qualquer informação sobre a sua detenção, apesar dos repetidos pedidos da sua família, das autoridades ucranianas e da RSF”, declarou Jeanne Cavalier, responsável pela secção da Europa Oriental e Ásia Central da RSF, citada pela Al Jazeera.

UE exige investigação independente

“Quando detiveram arbitrariamente Victoria Roshchyna, em agosto de 2023, as autoridades russas assumiram a responsabilidade total pela sua segurança, saúde e integridade física”, criticou o bloco comunitário.

A jornalista é a 13.ª a morrer desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro de 2022.

“A UE exige uma investigação independente e minuciosa que clarifique as circunstâncias da morte de Victoria Roshchyna o mais rápido possível”, acrescentou o porta-voz.