Os Jogos Olímpicos estão, oficialmente, abertos. Debaixo de muita chuva, as comitivas de todo o mundo atravessaram o rio Sena, em Paris, para dar início àquele que é o expoente máximo do desporto mundial.
Como se costuma dizer? Cerimónia molhada, cerimónia abençoada?
Pela primeira vez, a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos aconteceu fora do estádio.
O rio Sena, que atravessa o coração de Paris, foi o palco do momento inédito que arrancou às 18h30 (de Lisboa) e teve duração de quatro horas.
Muita água corria por baixo, mas também não era pouca a que “corria” de cima. Quer-se com isto dizer que a chuva foi uma das protagonistas da cerimónia.
No entanto, “se tudo correr bem, estes não serão os Jogos mais constipados da era modera”.
Quem o previu foi o “encharcado” João Pedro Mendonça, de uma forma irónica, no final da emissão da RTP.
O enviado especial da televisão pública a Paris para os Jogos Olímpicos (que decorrem até 11 de agosto) resumiu, assim, a cerimónia de abertura. No entanto, as palavras que antecederem tiveram um significado bem mais profundo.
Em cima de uma ponte, sobre o Sena, que representa a união e a ligação entre (todas) as pessoas, João Pedro Mendonça deu o mote para que estes sejam os Jogos da partilha, exemplificando com um momento especial.
“Foi uma cerimónia aquática, estamos todos encharcados. Toda a gente passou mal, mas chegou um colega do Catar ao meu lado e, no momento em que eu precisava de comer e beber, foi ele que ofereceu“, contou o jornalista.
“Essa partilha será, basicamente, a mesma que Paris quer ter nestes Jogos Olímpicos, com todo o Mundo”, enalteceu.
João Pedro Mendonça sublinhou a importância de “criar um elo de ligação; e de criar uma iniciativa que cole quando o mundo se está a descolar“.
“É essa a ideia que fica – da união que os atletas fazem agora, competindo com o mesmo objetivo: ganhar em nome de todos“, concluiu.
Os atletas portugueses atravessaram o Sena com vestimenta “muito portuguesa”, mas por baixo de capas para a chuva. Mas nem as condições meteorológicas impediram os “gritos” de orgulho português.
O canoísta Fernando Pimenta e a marchadora Ana Cabecinha foram os porta-estandartes de Portugal na cerimónia.
Uma mensagem de amor ao Mundo ❤️🇵🇹
A Equipa Portugal fez-se ouvir na Cerimónia de Abertura de Paris 2024, ajudando a pintar o Rio Sena.#EquipaPortugal #AllezPortugal #Paris2024 pic.twitter.com/70c3Yls3ig
— Comité Olímpico de Portugal (COP) (@COPPORTUGAL) July 26, 2024