Jogadores do Chelsea planeiam “fuga” de Stamford Bridge (e há vários clubes à espreita)

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Os jogadores do Chelsea estarão a planear a saída em massa, caso a situação financeira se agrave devido às sanções impostas pelo Reino Unido ao russo Roman Abrahmovich que é dono do clube.

Nesta altura, não é sequer certo que o Chelsea resista por mais duas semanas devido à delicada situação financeira que atravessa, depois de o Governo britânico ter congelado os bens de Roman Abrahmovich no âmbito das sanções impostas a oligarcas russos, devido à invasão da Rússia à Ucrânia.

receios de que o Chelsea caia em falência ainda antes do fim desta época. E nem sequer o pagamento dos próximos ordenados, da ordem das 28 milhões de libras mensais, está garantido.

O Banco Barclays, o maior da Inglaterra, congelou as contas bancárias e os cartões de crédito do clube depois das sanções anunciadas a Abrahmovich.

Além disso, o Chelsea não pode vender novos bilhetes, nem merchandising, nem negociar novos contratos com jogadores. As lojas do Chelsea estão fechadas e o hotel em Stamford Bridge está impedido de aceitar novas reservas.

Neste cenário complicado, e temendo o pior, os jogadores do Chelsea estão “a explorar possíveis rotas de fuga de Stamford Bridge” perante as incertezas financeiras, avança o jornal The Telegraph.

A publicação apurou que representantes dos jogadores do Chelsea têm estado em contacto com advogados para avaliarem as suas possibilidades, especialmente perante um cenário de falta de pagamento de salários nos próximos meses.

Com dois meses de salários em atraso, os jogadores podem rescindir por justa causa.

Contudo, dadas as circunstâncias das sanções, um tribunal pode decidir a favor dos jogadores se eles decidirem romper unilateralmente os vínculos com o Chelsea antes do cenário dos salários em atraso se confirmar.

Adversários cobiçam jogadores do Chelsea

Enquanto isso, há vários clubes à espreita, acompanhando com atenção a situação do Chelsea e cobiçando alguns dos seus craques.

A imprensa britânica nota que o Manchester City aponta o olho a Reece James que também estará na mira do Real Madrid.

Em Itália, o Inter de Milão cobiça há muito Romelu Lukaku, jogador que quer fazer regressar a Itália.

E a Juventus estará a preparar propostas concretas por Jorginho e por Emerson Palmieri, que está emprestado pelo Chelsea ao Lyon, segundo o Tuttosport.

Até o próprio futuro de Tuchel está em causa, com o Manchester United atento ao evoluir da situação e a ter o técnico como uma das hipóteses para o futuro próximo, como destaca o Daily Mail.

Em fim de contrato, neste Verão, estão Cesar Azpilicueta, Antonio Rudiger e Andreas Christensen. Nesta altura, o Chelsea não pode renovar com nenhum deles.

Christensen deve rumar ao Barcelona como jogador livre e já teria tomado a decisão antes das sanções.

Governo britânico vai intermediar venda do Chelsea

Mas até a própria venda do Chelsea pode estar em causa, embora o jornal Independent avance que o Governo vai intermediar o processo, garantindo que a transferência de propriedade avance, para não prejudicar o clube, e assegurando que “Abramovich não lucra” com o negócio.

Entretanto, o patrocinador da camisola do Chelsea, a companhia telefónica Three, já anunciou a suspensão temporária do apoio ao clube. O seu logotipo será retirado dos equipamentos do Chelsea e do Estádio Stamford Bridge.

A Three reconhece que esta decisão “afectará os muitos adeptos do Chelsea que seguem o seu clube apaixonadamente”, mas, “dadas as circunstâncias e a sanção do Governo”, “é a coisa certa a fazer”, constata num comunicado.

“A melhor maneira de apoiar o povo da Ucrânia é garantir que os refugiados que chegam ao Reino Unido do conflito e os clientes, actualmente na Ucrânia, possam permanecer conectados às pessoas que são importantes para eles”, aponta ainda a Three.

A companhia telefónica também oferece um “pacote de conectividade” a todos os ucranianos que cheguem ao Reino Unido e aos que estão na Ucrânia.

O treinador Thomas Tuchel já propôs que o espaço ocupado pela Three nas camisolas do Chelsea seja substituído por “uma mensagem pela paz”.

Mas até isso pode ser complicado porque os gastos do clube estão limitados, não podendo exceder o tecto de 20 mil libras em viagens para jogos fora de casa e de 500 mil libras para acolher jogos em Stamford Bridge.

Apesar das dificuldades, o treinador promete uma equipa preparada para lutar pelas vitórias. “Enquanto tivermos camisolas suficientes, enquanto o autocarro estiver cheio de combustível, vamos chegar e ser competitivos“, garante Tuchel.

Susana Valente, ZAP //

1 Comment

  1. Não seria mais lucrativo o governo inglês confiscar, vender o clube e continuar a manter uma grande equipa?
    Qual o interesse em destruir um campeão europeu!?
    Ingleses…

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