Biden sobe o tom nas acusações. Putin é um “ditador assassino” e um “rufia puro”

O Presidente dos Estados Unidos acusou o seu homólogo russo de estar a “travar uma guerra imoral contra o povo da Ucrânia” e apelidou-o de “ditador assassino” e “puro rufia”.

Joe Biden endureceu o seu discurso esta quinta-feira, um dia depois de ter chamado “criminoso de guerra” a Vladimir Putin.

Desta vez, num discurso durante o almoço anual dos Amigos da Irlanda no âmbito da celebração do Dia de São Patrício, o Presidente norte-americano acusou o seu homólogo russo de ser um “ditador assassino” e um “rufia puro”.

“Agora temos a Irlanda e a Grã-Bretanha juntas contra um ditador assassino, um puro rufia que está a travar uma guerra imoral contra o povo da Ucrânia“, atirou Biden, numa cerimónia que teve lugar no Capitólio.

O Kremlin, que na véspera tinha apelidado de “inaceitável” e “imperdoável” o facto de o Presidente dos Estados Unidos ter chamado “criminoso de guerra” ao líder russo, ainda não reagiu.

Biden just referred to Putin as both a “murderous dictator” and “pure thug” pic.twitter.com/HIU5u1lYbV https://t.co/zR9skkElgP via @ralakbar

— Liveuamap (@Liveuamap) March 17, 2022

Na sua intervenção, Joe Biden, que esteve reunido em videoconferência com o primeiro-ministro irlandês Micheál Martin, salientou que os Estados Unidos e a Irlanda estão “a colaborar de forma cada vez mais intensa“.

“Pela primeira vez, agora, a Irlanda faz parte do conselho de segurança das Nações Unidas”, afirmou o governante.

Segundo o Diário de Notícias, Antony Blinken, secretário de Estado norte-americano, concordou com Joe Biden e salientou que “atacar intencionalmente civis é um crime de guerra“. “Após tanta destruição nas últimas três semanas, parece-me difícil concluir que os russos estejam a fazer outra coisa que não isso.”

Em conferência de imprensa, o responsável considerou ainda que a Rússia não está a fazer “esforços significativos” para chegar a acordo nas negociações de paz com a Ucrânia.

A Ucrânia e a Rússia terão feito progressos significativos nas negociações de paz, com a elaboração de um plano de paz provisório com 15 pontos, que inclui um cessar-fogo e a retirada das forças russas do país caso a Ucrânia declare neutralidade.

Apesar dos progressos, as autoridades ucranianas continuam céticas.