Líder parlamentar acusa Zelenskyy de ter sido complacente com a inclusão de nazis nas Forças Armadas ucranianas, do seu regime ter implementadas “medidas de discriminação e até de limpeza étnica dos ucranianos russófonos”.
Num passo que ainda não tinha sido dado pelo PCP até agora, João Oliveira reconheceu a atual situação na Ucrânia como uma consequência de uma invasão russa. No entanto, o ainda líder parlamentar dos comunistas opta, em entrevista ao jornal Público, por destacar todos os acontecimentos dos últimos oito anos no país para contextualizar o passo dado pelas forças russas, argumentando que estes têm sido branqueados.
“Não há nenhuma resistência a escrever a palavra nem a reconhecer a circunstância da invasão”, começa por explicar. O problema é que o que se passa na Ucrânia é uma guerra e não é uma guerra desde quinta-feira passada. É uma guerra que se arrasta há oito anos, já leva cerca de 15 mil mortos e que nós não nos lembramos de condenar só na quinta-feira passada.”
O dirigente do PCP, que no seu discurso realça a necessidade de se encontrar uma solução pacífica, acusa a União Europeia de deitar “gasolina no fogo” ao enviar armar para fornecer ao exército ucraniano. Reconhecendo a superioridade das forças russas, João Oliveira ressalva que, no seu entendimento, “não é o envio de armas da União Europeia para a Ucrânia que vai nivelar as forças militares”.
“O envio de armas para a Ucrânia e o incentivo ao armamento de civis para lutarem contra um exército só pode ter como resultado uma tragédia. Quando a União Europeia decide aumentar o orçamento de defesa, enviar militares para os países limítrofes da Ucrânia, incentivar o aumento da corrida ao armamento, tudo isto é contrário à paz.”
Sobre a recusa do PCP em votar a favor da condenação da invasão russa à Ucrânia, João Oliveira justificou a opção pelo entendimento de que a moção “objetivamente o que fazia era incentivar a guerra”
O dirigente comunista, na entrevista, acusa ainda as “Forças Armadas ucranianas, sobretudo na região de Donbass,” de incorporarem “batalhões de nazis”, sendo que, no entender de João Oliveira, essas mesmas forças não respeitaram o cessar-fogo previsto nos acordos de Minsk para a região de Donbass. O líder parlamentar considera que a tese de Vladimir Putin de que a invasão à Ucrânia serve para desnazificar a Ucrânia “é apenas um dos pretextos para as decisões que foram tomadas na semana passada”.
No entanto, e não refutando por completo o argumento, diz que este é um problema para o qual o PCP tem alertado nos últimos oito anos. “Quando foram queimadas mais de 40 pessoas na casa sindicar de Odessa em 2014, precisamente por via de ação desses grupos nazis que se transformaram em forças paramilitares, e quando denunciamos que essas forças nazis tinham sido incorporadas nas Forças Armadas ucranianas e estavam a combater e bombardear o povo ucraniano na zona de Donbass ninguém quis saber!”
Na entrevista, deixou ainda críticas a Zelenskyy pela sua complacência com a alegada incorporação de forças nazis nas Forças Armadas ucranianas, apesar de este ser descendente de judeus, com antepassados mortos na Segunda Guerra Mundial. “Quando hoje o presidente Zelenskyy é transformado em herói nacional, estamos a falar do mesmo presidente que aceitou a incorporação de forças nazis nas Forças Armadas ucranianas. O mesmo presidente em cujo mandado houve recrudescimento do bombardeamento sobre populações civis na zona de Donbass.”
Já sobre a ascendência de Zelenskyy, o dirigente do PCP diz que esta é apenas mais uma razão para o presidente ucraniano ser confrontado com alguns dos acontecimentos que tiveram lugar durante o seu mandato.
João Oliveira recusa que a revolução de Maidan de 2014 tenha sido uma manifestação do desejo do povo ucraniano em direcionar o país no sentido dos valores da União Europeia e de uma possível adesão. Nos protestos, o líder parlamentar leu “uma genuína reivindicação do povo ucraniano de que houvesse uma política que resolvesse os seus probemas, que combatesse as desigualdades e as injustiças, a corrupção”. No entanto, a seu ver, estar vontade foi “rapidamente aproveitada para que fosse promovido um golpe de Estado”.
Partindo deste argumento, João Oliveira prossegue dizendo que os anos seguintes foram marcados pela ascensão das “forças nazis”, por “medidas de discriminação e até de limpeza étnica dos ucranianos russófonos”.
Mesmo que existissem nazis nas forças armadas da Ucrânia isso não permite a Putin andar a matar criancinhas e restantes pessoas pela Ucrânia e a destruir infraestruturas. Espero que eles não atinjam nenhuma central nuclear porque aí iria sobrar destruição para os russos e suas familias durante muitos e muitos anos com a radiação que se iria soltar.
Enterrou-se bem… e a cada vez que tenta sair do buraco mais se enterra…. É desta que o PCP desaparece…
Espero bem que sim, por tudo e mais alguma coisa. pois com gente desta lá dentro nem devia já de ser autorizado a entrar no parlamento.
E depois? Possivelmente por isso é que ainda continua vivo.
E?!
Alguém relembre esse “distraído” que Putin é talvez o maior nazi de todos os tempos e que agora, além da invasão está a destruir a Ucrânia e a matar os ucranianos!
É o mesmo que Putin. Chama o passado para justificar o presente !…….Pouco importa a destruição da Ucrânia e o numero de vitimas de lado e outro. Com tanta “convicção, este Individuo que se junte as forças Militares Russas, e que vá matar os (Nazis) Ucrânianos, pois como se sabe , a Rússia é uma grande Democracia de fachada , governada por um Santo !.. PCP….tem vergonha..!
Tenho pena que João Oliveira esteja a embarcar na filosofia à antiga comunista.
O mundo viu bem que a Ucrânia foi invadida e que nada quer com a Rússia.
Com esta atitude do PCP em defesa da invasão russa, se as eleições legislativas fosse hoje, o PCP desaparecerá.
Tuga – Pelo menos o João Oliveira tem a virtude de se manter fiel ao comunismo só se deixando enganar quem quiser, ao contrário daqueles que fazem acordos com eles para se manterem no poder e em nada se importando de ditaduras comunistas, para mim esses têm duas faces e isso é mais perigoso! Se eu tiver sorte deste meu comentário escapar à censura, um outro anterior já foi!
Que triste figura a tua João Oliveira! Mais valia estares calado! – Na grande maioria dos países ocidentais existem Nazis e não é por isso que se invadem países.
E o Costa deixou-se apoiar por gente desta e depois vem criticar o Chega?! Vergonha total.
Mil vezes melhor o CHEGA que estes apoiadores de assassinos
Nem chega nem PCP é tudo esterco!
Felizmente que a maioria de amigos meus que são comunistas, acordaram, e já não são, mas falta-lhes coragem para rasgar o cartão, e publicitar a sua revolta contra o Partido e protesto, tal é o medo das consequências da ditadura que se vai conhecendo nos sistemas comunistas, não sei que se passa com Jerónimo de Sousa, mas anda ausente, e silencioso.
Pronto, é desta que o PC se fina, mais um a fazer companhia a CDS
O Putin tem tanto mistura de nazismo como de estalinismo e nada disto incomoda o PCP sempre fiel e subordinado aos interesses de Moscovo desde que sejam comandados por um ditador!
Estou com o Raymundo, fez-me muita confusão ver pessoas “não caucasianas” serem preteridas quando queriam atravessar a fronteira para fugirem à guerra como os outros! O que é que isto pode significar, num momento como este? Fiquei profundamente desgostosa.
Fica claro porque o PCP votou contra o orçamento de Estado mais esquerda que nunca antes, é que o PCP não é um Partido de Esquerda, e tenho dúvidas que seja Português, não deixa dúvidas a ninguém é que depende do Putin, talvez razão da sua Riqueza, fundos que conseguem esconder com festivais, entre o Dinheiro dos Russos e as vidas de homens, Mulheres e Crianças, do sangue das vítimas, o PCP escolhe o Dinheiro Russo.
Isto faz-me lembrar a história da moça que foi violada e a testemunha diz, sim reconheço que foi violada, mas tb de mini saia àquela hora na rua, estava à espera de quê?
O PCP é muito isto!
Então João Oliveira, tenho um conselho para ti, vai viver para Moscovo.
Que desculpa mais ignóbil para justificar o injustificável. Sr. João Oliveira tenha vergonha, porque nada justifica uma guerra!
… o que me mete nojo são os portugueses que continuam a votar nestes ranhosos…
Ainda estão a passar cartão a esse gajo do João Oliveira?
Está a olhos vistos que o Putin quis desfazer a Ucrânia, porque lhe fez frente.
Agora, o João Oliveira a defender a Rússia e o Putin?
Tenha vergonha na cara.