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João Lourenço afasta presidente da Sonangol

José Sena Goulão / Lusa

O presidente de Angola, João Lourenço

Esta quarta-feira, o Presidente de Angola, João Lourenço, afastou Carlos Saturnino do cargo de presidente do conselho de administração da Sonangol.

O Presidente de Angola, João Lourenço, afastou esta quarta-feira Carlos Saturnino do cargo de presidente do conselho de administração da Sonangol, nomeando para as mesmas funções Sebastião Pai Querido Gaspar Martins, atual administrador da petrolífera estatal angolana.

Segundo um comunicado divulgado pela Casa Civil do Presidente da República, o chefe de Estado exonerou, por decreto, “todas as entidades” que integram o conselho de administração da Sonangol, alegando “conveniência de serviço público” e “apoiado na Lei de Bases do Setor Empresarial Público”.

A decisão surge numa altura em que o país vive uma crise de falta de combustíveis generalizada.

Numa nota oficial, citada pela Lusa, a Casa Civil do Presidente angolano referiu que esta foi a conclusão que saiu da reunião que o chefe de Estado angolano manteve, na manhã de terça-feira, com a equipa económica do Governo, que decorreu à porta fechada e sem declarações à imprensa, apesar de os jornalistas terem sido convocados para o local.

“Da análise feita, concluiu-se ter havido falta de diálogo e comunicação entre a Sonangol e as diferentes instituições do Estado, o que terá contribuído negativamente no processo de importação de combustíveis. Foram, no entanto, tomadas as medidas e mobilizados todos os recursos necessários para a completa estabilização do mercado de abastecimento dos combustíveis nos próximos dias”, lê-se na nota.

“Apela-se à compreensão dos utentes e da população em geral, não obstante reconhecermos os constrangimentos a que estão sujeitos com a situação criada”, termina a nota sobre a reunião, que durou cerca de hora e meia, refere o Público.

Fonte oficial disse à Lusa que João Lourenço está “agastado” com a crise de combustíveis no país, situação que motivou a realização de duas reuniões, tidas na segunda e terça-feira.

A falta de combustíveis, que está a afetar todo o país desde a passada sexta-feira, vai gradualmente paralisando todos os setores produtivos em Angola e está a originar graves problemas de energia, sobretudo nas províncias do interior, dependentes do combustível para fornecer eletricidade.

ZAP // Lusa

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