O presidente demissionário do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, afirmou esta terça-feira que ainda não decidiu se assume o lugar de deputado na Assembleia da República nem se será candidato à Presidência da República.
Jardim não excluiu nenhuma destas hipóteses em declarações aos jornalistas, à saída de uma audiência com o Presidente da República, Cavaco Silva, no Palácio de Belém, em Lisboa, que ocorreu a pedido do presidente demissionário do governo regional madeirense.
Alberto João Jardim disse que ainda teria “de fazer contas à vida” antes de tomar a decisão.
Em declarações aos jornalistas, o líder do governo regional afirmou-se também satisfeito com o resultado das eleições na Grécia. “Conforta-me ver um partido como o Syriza ganhar na Grécia, mas não me confora o seu radicalismo”, sublinhou Jardim, afirmando-se “antiausteridade”.
“Eu penso que em Portugal seria necessário na zona do centro-direita ou do centro-esquerda aparecer um Syriza, mas um Syriza não radical”, disse Jardim aos jornalistas, à saída de uma audiência com o Presidente da República, Cavaco Silva.
“Para quem discorda como eu das políticas de austeridade, mas não é radical, nem de esquerda nem de direita no sistema partidocrático, que está carunchoso, seria interessante aparecer, ao centro, uma coisa credível”, declarou Jardim.
No entanto, Jardim não se comprometeu: “Não sou um D. Quixote, isso tinha de ser cá no continente”, afirmou.
Quanto ao encontro com Cavaco Silva o chefe do Executivo regional demissionário disse ter agradecido “todo o apoio” que o Presidente da República “deu ao desenvolvimento integral da Madeira”.
ZAP / Lusa