Cultivados sem terra e entre quatro paredes. Japoneses criam a Tesla dos morangos

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Uma empresa japonesa está a vender uma embalagem de oito morangos a 50 dólares. São cultivados verticalmente, sem terra, dentro de um armazém.

A hidroponia é a técnica de cultivar plantas sem solo, onde os elementos minerais essenciais para o crescimento e o desenvolvimento das plantas são fornecidos através de uma solução nutritiva que fornece todos os nutrientes que os vegetais necessitam.

Não é propriamente uma novidade, mas a técnica ainda é desconhecida de muitos. No Japão, nem tanto. Lá, um par de cientistas desenvolveu uma linhagem de morangos saborosos que estão a trazer à tona as capacidades da agricultura hidropónica vertical.

Hiroki Koga e Brendan Somerville são os criadores dos “Omakase”, que se tornaram a moda entre os chefs da cidade de Nova Iorque. Estes morangos são cultivados hidroponicamente, explica a Good News Network.

Os morangos são a cultura mais infestada de pesticidas no supermercado. Felizmente, encaixam como uma luva na agricultura hidropónica.

Nem tudo é um mar de rosas. Para produzir estes morangos é necessária uma quantidade exorbitante de trabalho, razão pela qual uma embalagem de oito morangos pode custar 50 dólares.

 

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“A indústria de agricultura vertical tem muito potencial além das folhas verdes e nós tínhamos a confiança e a crença de que seríamos capazes de fazer isso”, disse Hiroki Koga, cofundador da Oishii, a empresa onde Hiroki Koga e Brendan Somerville trabalharam na sua criação.

A empresa alugou um armazém para a plantação vertical. As condições no armazém foram manipuladas para replicar o clima alpino japonês. Têm sensores que monitorizam os níveis de humidade, dióxido de carbono, temperatura e outros fatores. São enviados alertas para os telemóveis de Koga e Somerville se algo estiver errado.

Embora os omakase sejam demasiado caros para as prateleiras de supermercado, o plano da empresa é trazer outras culturas de morango japonesas. A Oishii quer ainda expandir para uvas e melões.

Mas um passo de cada vez. A equipa está, neste momento, relutante em expandir a sua linha de produtos sem a devida preparação. “Como a Tesla, estão a entrar num mercado com o produto mais caro e à espera de se diversificar a partir daí”, escreve a Good News Network.

Daniel Costa, ZAP //

4 Comments

  1. Em Portugal, desde há muitos anos, que se cultivam várias espécies de hortícolas e flores. Quanto aos morangos, a situação é a mesma. Sugiro ao Sr. Rui Goulart, a visitar explorações e ler artigos sobre a produção de morangos em hidroponia; só uns pequenos apartes sobre o cultivo em hidroponia:1- Um dos principais problemas da agricultura intensiva, no solo, é a crescente salinização dos solos e, consequentemente, quer a absorção de água pelas plantas é dificultadas, como a qualidade da água de rega só é relativamente mantida com extrações de água de rega a cada vez maior profundidade (na hidroponia não se utiliza solos, mas sim substratos. 2 – Num dos topos dos tabuleiros entra água com nutrientes para a alimentação das plantas e, nesse topo há sensores que monitorizam a salinidade do solo; no topo oposto surgem outros sensores que analisam novamente a salinidade da água que aí chega; a diferença entre a salinidade à entrada e à saída dos tubos de irrigação, traduz os sais minerais que as plantas absorveram; todos estes sensores estão ligados a um pequeno computador que não só faz esse cálculo de subtração e quando o resultado é menor que zero, isso significa que algumas plantas não tinham ao seu dispôr, quantidade suficiente para alimentarem-se e é indicado a uma bomba para fazer recircular a água que é novamente injetada no topo inicial e são simultaneamente injetados sais minerais em falta; quando a diferença é positiva, isso significa que foram injetados demasiados sais e, desse modo surge nova recirculação da solução, mas neste caso já não se injetam mais sais minerais e isto até o sistema estabilizar. Só não entende quem não quer entender. Poupa-se água de rega, sais minerais e, muitíssimo importante, que quase sempre é descurado, não se aumenta a salinização (poluição) dos solos e respetivas águas freáticas que tanta falta faz para a hidratação das pessoas e menorizasse também ao aumento gradual da eutrofização das águas dos rios, ribeiras e das albufeiras das barragens, uma das razões pela asfixia do pescado (Sr. João Goulart e outras pessoas que não sabem algo: não opinem sem antes ouvir e/ou ler quem realmente sabe sobre um dado fenómeno, porque, caso contrário, vocês são os responsáveis pela disseminação das falsidades/mentiras; este é um conselho que recomendo vivamente aos jornalistas, antes de publicarem as notícias que sejam verdadeiras.

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