Novo treinador do Everton não mencionou nomes mas avisou: quem ganha muito e joga pouco, é para sair. Foram recordadas declarações do espanhol quando treinava o rival Liverpool.
Pela primeira vez na história do futebol inglês, um antigo treinador do Liverpool é agora treinador do rival Everton. Rafael Benítez é o estreante e a polícia já foi chamada para investigar uma ameaça, através de uma faixa, na qual se lia: “Sabemos onde moras, não assines”.
Apesar deste episódio, o espanhol assegurou que tem tido uma reação positiva por parte dos adeptos com quem se tem cruzado, quer do Everton, quer do Liverpool: “Não estou assustado e não tenho medo de ninguém. Gosto deste desafio. E espero que a nossa equipa também não tenha medo de ninguém”.
Benítez, que assinou um contrato válido até 2024, esteve pela primeira vez numa conferência de imprensa enquanto líder do Everton, nesta quarta-feira. E foram recordadas as suas palavras, quando era treinador do Liverpool: “O Everton é um clube pequeno”, afirmou o técnico, depois de um dérbi em 2007.
14 anos depois, e agora no outro lado, a explicação: “Depende do contexto. Isso foi há muito tempo. Tu lutas pelo teu clube e é isso que vou fazer agora. Vou lutar pelo Everton. Farei o meu melhor por toda a gente”.
Saídas em breve?
O mercado de transferências também foi abordado. Nos últimos cinco anos o Everton gastou quase 500 milhões de euros em reforços. Uma média de quase 100 milhões de euros por época mas que nem sempre trouxe os melhores resultados.
Fabian Delph, internacional inglês, custou mais de 10 milhões de euros mas deve sair nos próximos dias. Tal como James Rodríguez – que no entanto era um jogador livre quando assinou pelo Everton, no ano passado. Delph só jogou 10 vezes na época passada e James participou em 26 partidas.
Nenhum é titular habitual e, por isso, devem ser transferidos. Rafael Benítez recusou mencionar nomes mas avisou: “Temos que ter em conta o fair play financeiro, por causa do dinheiro que o clube tem gastado nos últimos anos. Se há jogadores a receber salários elevados e que habitualmente não jogam, então temos de encontrar uma solução. E essa solução passa por ter mais dinheiro para gastar em reforços”.
James poderá voltar ao FC Porto. O jornal O Jogo já havia indicado que o internacional colombiano quer regressar ao Estádio do Dragão, que deixou em 2013. No entanto, o seu salário é um obstáculo ao regresso imediato.
Na segunda-feira passada, James Rodríguez completou 30 anos; o FC Porto deu-lhe os parabéns e o jogador comentou: “Vemo-nos em breve”.