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Jalen tem apenas 17 anos e é uma das vozes dos protestos antirracistas

Josh Janitch / Instagram

Jalen Thompson, abraçado por um manifestante, na marcha antirracista.

Jalen Thompson é um jovem de 17 anos que conseguiu organizar uma manifestação pacífica contra o racismo na sua cidade natal. O chefe da polícia juntou-se à marcha.

A morte de George Floyd despoletou uma série de manifestações, que não se limitaram ao território norte-americano e espalharam-se um pouco por todo o mundo. Nos Estados Unidos, uma das vozes mais influentes vem de Jalen Thompson, um jovem de 17 anos que não tem idade para votar, mas já está a mudar a maneira de pensar de muitas pessoas.

Jalen organizou uma manifestação pacífica na sua cidade natal O’Fallon, no Missouri, conseguindo reunir cerca de 2 mil pessoas contra o racismo. “Foi o primeiro protesto que eu já participei, muito menos organizei”, disse Thompson, que já apareceu em vários noticiários norte-americanos.

A ideia de organizar uma “marcha pela liberdade” surgiu numa conversa com três colegas. Nesta manifestação, Jalen explica, citado pelo OZY, que os habitantes locais “poderiam libertar as frustrações protestando e marchando pacificamente”.

Jalen e os seus colegas começaram a divulgar o evento nas redes sociais. Nem todos reagiram bem à ideia e muitos utilizaram esse mesmo meio de comunicação para reprovar a marcha. “A maioria das pessoas nos comentários estava a ser negativa, a espalhar ódio”, disse, admitindo, no entanto, que foi este ódio que levou tantas pessoas a defender a causa presencialmente.

No dia da marcha, o chefe da polícia de O’Fallon juntou-se aos protestos. “Ele investiu no nosso processo… eles [os polícias] estavam do nosso lado o tempo todo”, disse Jalen.

Embora tenha recebido o total apoio das autoridades, o jovem é a favor de que se cortem fundos destinados à polícia. O objetivo é redirecionar este dinheiro para a educação e outros programas.

“Todos temos que nos olhar ao espelho”, disse o pai de Jalen, que ensina crianças com necessidades especiais. “Ele é o meu professor”, acrescentou orgulhosamente, referindo-se ao filho.

ZAP //

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