Já quase não há dinheiro na linha de crédito criada para enfrentar Covid-19

Simone D. McCourtie / World Bank

A maior linha de crédito que foi disponibilizada às empresas para fazer face à crise de Covid-19 já esgotou. Os 4,5 mil milhões de euros que incluía, para empréstimos a juros baixos e com a garantia do Estado, já foram todos atribuídos.

Estes dados são confirmados ao Expresso pela Sociedade Portuguesa de Garantia Mútua (SPGM) que anuncia que foram registados mais de 43 mil candidaturas na linha de apoio à economia Covid-19.

O “bolo” global do empréstimo criado pelo Governo para responder à Covid-19 era de 6,2 mil milhões de euros, com quatro áreas distintas – 200 milhões destinavam-se ao lazer, 600 milhões ao alojamento e turismo, 900 milhões à restauração e 4,5 mil milhões de euros à economia em geral, sem distinção de actividade.

Neste momento, resta dinheiro para empréstimos a empresas de restauração e de alojamento. Está em causa um valor da ordem dos 1,5 mil milhões de euros, mas que também já estará parcialmente atribuído, segundo o semanário.

Antes desta linha de apoio, o Estado já tinha lançado a Capitalizar de 400 milhões de euros.

A SPGM refere, em comunicado citado pelo Expresso, que se registaram mais de 43 mil candidaturas na linha de apoio à economia Covid-19, correspondentes a “um valor de 4,3 mil milhões de euros, 70% da dotação total da linha“.

Destas candidaturas, 83% são de micro ou pequenas empresas.

O processo de atribuição dos empréstimos tem sido criticado pelos alegados atrasos. Uma situação que a SPGM justifica com o elevado número de candidaturas, notando que nas duas últimas semanas, emitiu “cerca do dobro do número total das garantias emitidas pela Garantia Mútua, em todo o ano de 2019″.

ZAP //

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