Criado por três jovens chilenas, o E-Kaia pretende obter energia a partir de uma planta para recarregar a bateria de dispositivos móveis.
Sendo uma verdadeira alternativa às habituais tomadas elétricas, o E-Kaia só precisa de uma planta bem tratada para funcionar, pode ler-se na notícia da BBC.
Criado por três jovens chilenas, basta enterrar o dispositivo num vaso ou num canteiro para conseguir carregar a bateria de aparelhos como telemóveis ou tablets.
Durante a fotossíntese, as plantas produzem matéria orgânica que transforma a energia da luz em energia química.
À volta das raízes, existem certos micro-organismos que se encarregam de processar essa energia para produzir eletrões.
Esses mesmos eletrões, que não são usados pela planta, são capturados pelo E-Kaia para gerar a energia que o equipamento precisa.
Conectados por um cabo USB, os dispositivos móveis ficam carregados em uma hora e meia.
Evelyn Aravena, a engenheira eletrónica do projeto, explicou que falta ainda melhorar a estética do aparelho.
“A ideia agora é deixar o dispositivo mais bonito, para torná-lo mais comercializável e também para que seja portátil e resistente”, afirmou uma das criadoras.
O dispositivo, que nasceu em 2009 quando as três chilenas andavam na universidade, encontra-se ainda a ser patenteado.
O protótipo custou quase 505 dólares (cerca de 450 euros), porém, as chilenas estão já à procura de materiais mais económicos para a sua produção.
Este não é o único dispositivo sustentável do género. Na Holanda, a Plant-e tem o mesmo conceito, embora seja usado numa escala bastante diferente.
O projeto holandês, que usa grandes áreas verdes como fonte de energia, também vai ser implementado em pântanos e plantações de arroz.
Segundo Marjolein Helder, co-fundadora do projeto, é uma verdadeira revolução para a área.
“Com um metro quadrado de jardim podem produzir-se 28 quilowatts/hora num ano”, afirma.
Falar sozinho com plantas é coisa do passado.
ZAP / BBC