Faltam menos de três semanas para o Mundial, e é altura de começar a conhecer mais sobre os estádios onde Portugal vai jogar na fase de grupos.
Salvador, Manaus e Brasília são as cidades onde a seleção nacional vai disputar os confrontos do grupo G.
Alemanha x Portugal
16 de junho, 17h
Arena Fonte Nova, ponto de partida da caminhada lusa
O arranque da caminhada da seleção portuguesa no Mundial 2014 de futebol, frente à Alemanha, vai acontecer no Arena Fonte Nova, um recinto novo mas que mantém a estrutura do antigo Estádio Octávio Mangabeira.
O antigo recinto tinha sido inaugurado em 1951 e foi utilizado até 2007, sendo palco de centenas de edições do clássico BaVi, entre as duas principais equipas de Salvador, o Bahia e o Vitória.
O Arena Fonte Nova, inaugurado em 2013 a tempo de receber jogos da Taça das Confederações, manteve a estrutura do Octávio Mangabeira, com o formato em ferradura e aberto para o Dique do Tororó, única corrente de água natural da cidade.
Apesar de manter algumas características originais, o estádio, que custou cerca de 215 milhões de euros, passou a ter uma estrutura metálica leve, resistente ao vento, além de ter um restaurante panorâmico e um museu do futebol.
A aposta dos responsáveis do recinto passa também por transformar o Arena Fonte Nova numa sala de espetáculos ao ar livre, pois a abertura no topo virado para o Dique do Tororó permite a montagem de grandes estruturas, como palcos, sem danificar o relvado.
O novo estádio de Salvador vai receber quatro encontros da fase de grupos, um dos quais o Alemanha x Portugal, de 16 de junho, além de uma partida dos oitavos de final e outra dos quartos.
Ficha do estádio:
Cidade: Salvador
Estado: Inaugurado em 2013
Capacidade: 52.048 espectadores
Outra denominação: Complexo Desportivo Cultural Octávio Mangabeira
Distância para o aeroporto: 25 quilómetros
Distância para o centro da cidade: 1 quilómetro
Transportes públicos: Autocarro
População da cidade: 2.880.000 habitantes
Clube: Bahia e Vitória
Estados Unidos x Portugal
22 de junho, 20h
Arena da Amazónia, um estádio que pode passar a ser uma prisão
O Arena da Amazónia, em Manaus, palco do Estados Unidos x Portugal, poderá, após o Mundial 2014, vir a tornar-se numa prisão provisória, numa região com pouca tradição de futebol profissional.
A proposta foi feita em março pelos responsáveis do sistema prisional do estado do Amazonas, que pretende resolver o problema de sobrelotação das prisões locais.
O Arena da Amazónia, inaugurado em 2014, custou cerca de 207 milhões de euros, mas o futuro do recinto, com capacidade para 42.374 espectadores, é incerto, pois Manaus não tem qualquer equipa nas quatro divisões nacionais do Brasil.
O arquiteto Miguel Capobiango Neto, que coordenou os trabalhos de construção do estádio, considera a Arena “a nova ópera do século XXI para o desporto”, em alusão ao famoso Teatro do Amazonas, a ópera de Manaus, construída no final do século XIX, no período áureo da cidade.
Com parte da estrutura a ser feita pela empresa portuguesa Martifer, o projeto da Arena da Amazónia, nascida do antigo estádio Vivaldão, é inspirado na maior floresta tropical do Mundo.
O exterior do estádio foi envolvido por uma estrutura metálica, similar à de um cesto de palha, típico da região, tendo tido a construção do recinto fortes preocupações ambientais e de sustentabilidade, com uso da água das chuvas e da luz solar.
O Arena Amazónia vai receber quatro encontros da fase de grupos, entre os quais o Estados Unidos x Portugal, a 22 de junho.
Ficha do estádio:
Cidade: Manaus
Estado: Inaugurado em 2014
Capacidade: 42.374 espectadores
Distância para o aeroporto: 7 quilómetros
Distância para o centro da cidade: 5 quilómetros
Transportes públicos: Autocarros e comboio
População da cidade: 1.900.000 habitantes
Clube: Nacional FC
Portugal x Gana
26 de junho, 17h
Estádio Nacional de Brasília, palco do Portugal-Gana
O Estádio Nacional de Brasília foi inspirado na obra de Oscar Niemeyer na capita federal do Brasil e vai receber o encontro entre Portugal e o Gana, que fecha o Grupo G do Mundial 2014 de futebol.
Nascido no local do antigo Estádio Mané Garrincha, o novo recinto do Distrito Federal é o segundo maior da competição, com capacidade para 68.009 espectadores.
O desenho do Estádio Nacional foi inspirado nos trabalhos do arquiteto Oscar Niemeyer, responsável pela construção de grande parte da cidade de Brasília, com a sua característica mais imponente a serem os 288 pilares que formam a estrutura exterior e suportam o teto.
Palco do jogo de abertura da Taça das Confederações de 2013, o Mané Garrincha, como continua a ser conhecido, tem uma construção ecológica, garantindo os seus responsáveis emissões zero de carbono.
Contudo, o terceiro estádio da capital brasileira poderá não ter um uso desportivo em consonância com o valor da sua construção, que terá atingido os dois mil milhões de reais (cerca de 645 milhões de euros), bastante superior aos 700 milhões inicialmente previstos.
O Brasília FC fará os seus jogos em casa no Estádio Nacional, mas atua apenas na Série D do campeonato brasileiro, pelo que dificilmente arrastará público suficiente para conseguir boas assistências.
Os responsáveis do recinto apostam em eventos culturais para rentabilizar a infraestrutura, tendo já passado pelo Estádio Nacional, desde a sua reinauguração, artistas como Beyoncé ou Aerosmith.
O Mané Garricha é um dos estádios, a par com o Maracanã, que terá mais jogos no Mundial 2014, entre os quais o Portugal x Gana, a 26 de junho, o quarto na fase de grupos.
Após a fase de grupos, Brasília vai ainda acolher um jogo dos oitavos de final, um dos quartos e a partida de atribuição do terceiro lugar.
Ficha do estádio:
Cidade: Brasília
Estado: Inaugurado em 1974. Remodelado em 2013
Capacidade: 68.009 espectadores
Outra denominação: Estádio Mané Garrincha
Distância para o aeroporto: 14 quilómetros
Distância para o centro da cidade: 9 quilómetros
Transportes públicos: Autocarro e elétrico
População da cidade: 2.800.000 habitantes
Clube: Brasília FC e Legião
ZAP / Lusa
Mundial 2014
-
18 Setembro, 2015 FIFA suspende e investiga secretário-geral Jérôme Valcke