Israel confirmou que matou o principal líder do Hamas. Yahya Sinouar foi o mentor dos ataques de 7 de outubro de 2023 e era, desde então, o homem mais procurado do grupo islamita palestiniano na ofensiva israelita na Faixa de Gaza.
Israel confirmou, esta quinta-feira, que matou Yahya Sinwar.
“O assassino em massa Yahya Sinouar, responsável pelo massacre e atrocidades de 7 de outubro, foi eliminado pelos soldados [das forças israelitas]”, revelou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Israel Katz, numa declaração à imprensa.
Yahya Sinouar foi o cérebro dos ataques de 7 de outubro em Israel – e era, desde então, o homem mais procurado do grupo islamita palestiniano na ofensiva israelita na Faixa de Gaza.
A confirmação surge após informações anteriores darem conta da elevada probabilidade de um dos mortos resultantes de uma operação de rotina do Exército israelita, na quarta-feira na Faixa de Gaza, ser Yahya Sinouar, embora ainda sujeito a testes ADN.
O alto dirigente do Hamas tinha ascendido à liderança do grupo palestinianoa 6 de agosto, após a morte de Ismail Haniyeh, num ataque israelita em Teerão no final de julho.
“Três terroristas foram eliminados, durante as operações do exército na Faixa de Gaza”, declarou o exército em comunicado, ao início desta tarde. Um deles era, então, Yahya Sinouar.
O anúncio surgiu pouco depois de o exército ter anunciado o bombardeamento de uma escola no campo de refugiados de Jabalia, no norte do enclave, alegadamente utilizada como “centro de comando e controlo” dos movimentos islamitas Jihad Islâmica e Hamas, num ataque que já fez pelo menos 28 mortos e 150 feridos, segundo o gabinete de imprensa do governo do Hamas.
Quem foi Yahya Sinouar?
Sinuoar, que passou 22 anos numa prisão israelita até ser libertado em 2011, durante a troca de mais de mil prisioneiros palestinianos pelo soldado israelita Gilad Shalit, detido em Gaza, foi descrito por aqueles que o interrogaram como uma pessoa “extremamente inteligente”.
Desde o início da guerra em Gaza, há mais de um ano, o seu paradeiro é praticamente desconhecido para Israel, que previu que o líder do Hamas estaria nos túneis, perto de alguns dos cerca de 100 reféns ainda detidos no enclave como proteção.
Nascido em Khan Yunis, um bastião do apoio palestiniano à organização Irmandade Muçulmana, Sinouar foi detido pela primeira vez por Israel em 1982, com 19 anos, por “atividades islâmicas”, altura em que ganhou a confiança do fundador do Hamas, o xeque Ahmed Yassin.
Dois anos depois da fundação do Hamas, em 1987, Sinwar criou a temida divisão de segurança interna do grupo, a al-Majd, guardiã da “moral islâmica” e que atuava contra qualquer suspeito de colaborar com Israel.
ZAP // Lusa
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