Israel envia aviões para Amesterdão para resgatar adeptos envolvidos em confrontos “antissemitas”

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Jeroen Jumelet / EPA

A polícia holandesa detém um homem em em Amesterdão, depois de alegadamente ter provocado os adeptos do Maccabi Tel Aviv antes do jogo entre o Ajax e Maccabi Tel Aviv

Israel ordenou o envio de dois aviões para Amesterdão para socorrer adeptos do Maccabi Telaviv, depois de confrontos que levaram a dezenas de detenções após um jogo da Liga Europa. Israel compara incidente ao “7 de outubro”.

Os confrontos aconteceram na quinta-feira à noite no centro de Amesterdão, depois do jogo de futebol que opôs o Ajax e o Maccabi Telaviv, com o resultado de 5-0 para o clube neerlandês.

Os incidentes provocaram ferimentos a 10 cidadãos israelitas tendo a polícia local detido duas pessoas.

De acordo com notícias difundidas nos Países Baixos, várias centenas de adeptos do Maccabi, clube de futebol de Telavive, que jogou contra o clube holandês Ajax, foram alvo de ataques quando se encontravam reunidos numa praça de Amesterdão onde estavam “manifestantes pró-palestinianos”.

A polícia protegeu e escoltou os adeptos israelitas de volta ao hotel.

Citada pela agência de notícias dos Países Baixos ANP, a polícia afirmou ter efetuado 57 detenções durante todo o dia.

A polícia disse estar “particularmente vigilante”, depois de ter relatado vários incidentes, incluindo uma bandeira palestiniana arrancada de uma fachada.

Durante a tarde, cerca de uma centena de apoiantes israelitas reuniu-se na praça Dam – rodeados por forte presença policial – antes de se dirigir para o estádio Johan Cruyff, no sudoeste de Amesterdão.

Uma manifestação pró-palestiniana, a condenar a visita do clube israelita, estava inicialmente prevista para as imediações do estádio, mas foi transferida pela câmara municipal de Amesterdão para uma localização mais afastada, por razões de segurança.

Israel compara incidente ao 7 de outubro

Benjamin Netanyahu ordenou o envio imediato de dois aviões de socorro para ajudar os adeptos, acrescentando, em comunicado, o gabinete do primeiro-ministro que este encarou o “terrível incidente com a maior seriedade”.

O Presidente de Israel disse, por seu turno, que as agressões supostamente levadas a cabo por manifestantes pró-palestinianos contra adeptos do Maccabi foram um “pogrom antissemita”.

“Vemos com horror, hoje de manhã, as chocantes imagens que, desde 7 de outubro, esperávamos não voltar a ver”, disse Isaac Herzog, que comparou o incidente nos Países Baixos com os ataques de membros do Hamas de 2023 em que morreram 1.200 pessoas em território israelita.

O termo russo “pogrom” designa desde o século XIX a agressão e perseguição deliberada contra um grupo étnico, sobretudo judeus.

O novo ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Gideon Sa’ar confirmou, após contactos com as autoridades de Haia, que pelo menos 10 pessoas ficaram feridas considerando os incidentes “bárbaros e antisemitas”.

“Espero que as autoridades dos Países Baixos atuem de imediato e tomem as medidas necessárias para proteger, localizar e resgatar todos os israelitas e judeus atacados”, disse o chefe de Estado de Israel esta sexta-feira.

O chefe do Executivo de Israel esteve, entretanto, em contacto telefónico com o primeiro-ministro dos Países Baixos, Dick Schoff a quem pediu garantias de segurança a todos os israelitas que se encontram no país.

Em comunicado, Benjamin Netanyahu agradeceu a Dick Schoff por ter classificado os incidentes nos Países Baixos como um “ato antisemita”.

Israelitas desrespeitaram vítimas de Valênica

Ainda antes do apito inicial, os adeptos israelitas geraram revolta na Johan Cruyff Arena, por não terem respeitado o minuto de silêncio em memória das vítimas de Valência.

ZAP // Lusa

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1 Comment

  1. Os “coitados” vieram somente assistir a partida de futebol, mas têm o direito de se defender, provocar as pessoas e causar arruaça no país dos outros. Como de costume, promovem o vitimismo corriqueiro… Sempre são as vítimas.

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