O exército israelita anunciou hoje ter efetuado “ataques de precisão” contra alvos militares no Irão “em resposta a meses de ataques contínuos” da República Islâmica.
“Em resposta a meses de ataques contínuos do regime iraniano contra o Estado de Israel, o exército israelita está atualmente a efetuar ataques de precisão contra alvos militares no Irão”, declarou o exército, em comunicado.
Antes, a televisão estatal iraniana noticiou “fortes explosões” perto de Teerão, na sexta-feira à noite, enquanto vários meios de comunicação social locais relataram que eram ouvidos “estrondos” na capital iraniana.
“Há alguns minutos, ouviram-se fortes explosões nas proximidades de Teerão”, disse um apresentador da televisão estatal, acrescentando que “a origem não era clara“.
Algumas devem-se “à atividade do sistema de defesa aérea”, indicou, em seguida, a televisão, citando fontes da segurança.
O porta-voz do Exército israelita já anunciou o fim do ataque contra alvos militares no Irão, mas avisou que se a república islâmica cometer “o erro” de escalar a situação, Israel será forçado a responder.
“Se o regime do Irão cometer o erro de iniciar uma nova ronda de escalada, seremos forçados a responder”, afirmou o contra-almirante Daniel Hagari numa mensagem em inglês para anunciar o fim do ataque israelita.
Numa mensagem semelhante em hebraico, Daniel Hagari explicou que os alvos atacados esta noite fazem parte de um “grande banco de alvos” e que o exército poderia selecionar novos alvos, se necessário.
O exército israelita anunciou o fim da sua resposta contra o Irão, após várias horas de “ataques precisos contra alvos militares” no país, em represália “pelos meses de ataques contínuos do regime do Irão contra o Estado de Israel”, sublinhou.
A 1 de outubro, o Irão lançou cerca de 200 mísseis contra Israel, incluindo, pela primeira vez, vários mísseis hipersónicos. Israel prometeu responder a este bombardeamento.
Os ataques decorrem no âmbito da guerra em Gaza entre Israel e o movimento de resistência islâmica palestiniano Hamas, e no vizinho Líbano, entre o exército israelita e o movimento xiita libanês Hezbollah.
Hamas e Hezbollah opõem-se a Israel e são apoiados financeira e militarmente pelo Irão, que fez do apoio à causa palestiniana um dos pilares da política externa desde a criação da República Islâmica em 1979.
Os ataques com mísseis iranianos de 1 de outubro foram apresentados por Teerão como uma retaliação aos ataques israelitas no Líbano, que no final de setembro custaram a vida a um general iraniano e ao líder do Hezbollah Hassan Nasrallah.
Nasrallah, que liderou o movimento libanês durante mais de 30 anos, mantinha laços estreitos com o Irão.
Os responsáveis iranianos justificaram também esta operação como uma resposta ao homicídio no território, atribuído a Israel, de Ismail Haniyeh, então líder do Hamas.
Este foi o segundo ataque do Irão contra Israel, depois de ter atingido pela primeira vez o território israelita em abril passado, através de uma série de ataques com mísseis e drones.
ZAP // Lusa
Diz que o aiatolá Ali Khamenei foi a correr para o bunker e ficou a noite toda agarrado a sua mantinha assustado.
Agora que estavam com a mão na massa, não sei porque pararam…