Vaga de “ataques aéreos generalizados” contra as milícias da organização libanesa Hezbollah, no sul do Líbano.
O exército israelita anunciou neste domingo o início de uma vaga de “ataques aéreos generalizados” contra as milícias da organização libanesa Hezbollah no sul do Líbano, palco de semanas de trocas de artilharia na guerra de Gaza.
De acordo com um comunicado militar, os ataques atingiram posições de lançamento de foguetes, instalações das milícias e outras infraestruturas pertencentes ao Hezbollah, segundo um comunicado militar citado pela agência espanhola Europa Press.
Fontes locais informaram o diário libanês L’Orient-Le Jour de ataques israelitas nos arredores das cidades de Aita el Chaab, Aitaroun, Kounine, Blida, Mhaibibib e Yaroun.
O exército confirmou que continuará a efetuar novos ataques na zona nas próximas horas.
O exército israelita confirmou também, nas últimas horas, que dois soldados ficaram ligeiramente feridos por estilhaços e inalação de fumo num ataque de um ‘drone’ (aeroplano não tripulado) do Hezbollah a uma base na Galileia Ocidental.
Dois dos ‘drones’ lançados a partir do Líbano foram abatidos pelo sistema de defesa aérea “Iron Dome”, disse o exército israelita numa declaração adicional veiculada pelo jornal Times of Israel.
O Hezbollah reivindicou a responsabilidade pelo ataque.
A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) anunciou que está a investigar um ataque contra posições do seu batalhão espanhol no Líbano, que não causou vítimas.
A informação foi confirmada pelo porta-voz da UNIFIL, Andrea Tenenti, à agência noticiosa oficial libanesa NNA, segundo a Europa Press.
O incidente ocorreu no sábado à noite, no setor oriental da planície de trigo de Abl el Qahm, disseram fontes de segurança ao diário L’Orient-Le Jour.
Uma torre de observação do posto ficou danificada, mas não há registo de vítimas entre as forças de manutenção da paz da ONU, disse Tenenti à agência noticiosa libanesa, sem dar mais pormenores sobre o que aconteceu.
As hostilidades entre Israel e as milícias libanesas na zona fronteiriça, as mais graves desde 2006, aumentaram na sequência da guerra que eclodiu em 7 de outubro entre Israel e o Hamas em Gaza.
Desde o início das hostilidades na região fronteiriça, mais de 120 pessoas foram mortas, 11 das quais em Israel (sete soldados e quatro civis).
No Líbano, o balanço é de 110 mortos, incluindo cerca de 80 membros do Hezbollah, 12 membros das milícias palestinianas, um soldado e 17 civis, entre os quais três jornalistas e três crianças.
Israel retirou mais de 60 mil pessoas de comunidades no norte do país, enquanto a violência forçou a deslocação de cerca de 55 mil pessoas no Líbano.
// Lusa
Guerra no Médio Oriente
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O conflito israelo-palestiniano vai durar muitas décadas, mesmo que seja criado o Estado Palestiniano (que se justifica), pois o ódio, a desconfiança e o ressentimento já estão profundamente enraizados. Além disso, há o Irão por trás. Entretanto, o comportamento americano de cumplicidade e complacência relativamente a Israel já dura há demasiado tempo e é até algo estranho: é como se os EUA tivessem alguma dívida para com os Judeus ou Israel fosse um território de grande importância estratégica – o que duvido.