Israel Air Force

Caças da Força Aérea de Israel voam em formação durante exercícios militares
Exército de Israel bombardeou instalações onde estavam altos funcionários iranianos e cientistas nucleares. Irão já reagiu, EUA sabiam.
Israel bombardeou instalações nucleares e militares do Irão, na madrugada desta sexta-feira.
Por volta das 3h30 locais, ouviram-se fortes explosões no centro de Teerão. Pouco depois, soaram alarmes antiaéreos em todo o território de Israel, enquanto o Ministério da Defesa israelita anunciava o lançamento de um “ataque preventivo” contra o Irão e que os alarmes se destinavam a mobilizar a população israelita para o caso de um ataque de retaliação.
O ataque do exército de Israel a Teerão matou altos funcionários militares do Irão e cientistas líderes do programa nuclear iraniano.
Hossein Salami, o chefe da Guarda Revolucionária iraniana, um poderoso grupo paramilitar, morreu, vítima destes ataques.
Receia-se que haja mais vítimas entre a liderança militar do Irão, mas também civis numa Teerão em pânico.
O primeiro-ministro israelita confirmou o ataque, classificando-o como uma operação para “contrariar a ameaça iraniana à própria sobrevivência de Israel” e que “continuará durante os dias que forem necessários para a eliminar”.
Num vídeo divulgado após o anúncio do bombardeamento do Irão, Benjamin Netanyahu afirmou que Israel atingiu “o núcleo do programa de enriquecimento nuclear do Irão”.
“Hoje, os nossos soldados fortes e corajosos e o nosso povo estão unidos para nos defender contra aqueles que procuram a nossa destruição e, ao defender-nos, defendemos muitos outros e recuamos contra a tirania assassina”, concluiu Netanyahu
O chefe do Estado-Maior do Exército de Israel diz que o país está a meio de “uma campanha histórica sem precedentes” contra o Irão: “Esta é uma operação crucial para evitar uma ameaça existencial de um inimigo que procura destruir-nos. Iniciámos esta operação porque chegou o momento: estamos num ponto sem retorno. Não podemos dar-nos ao luxo de esperar”, disse Eyal Zamir, numa declaração em vídeo.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou que o local de enriquecimento de urânio de Natanz, no centro do Irão, também foi atingido pelos ataques israelitas – mesmo assim, apesar dos ataques a esta central de enriquecimento nuclear de Natanz, os níveis de radiação não aumentaram.
Teerão suspendeu todos os voos no Aeroporto Internacional Imam Khomeini, o principal aeroporto do país, situado nos arredores da capital.
Alegado plano secreto
O exército de Israel afirmou que o Irão trabalhava num plano secreto para desenvolver “todos os componentes” de uma arma nuclear.
“O regime iraniano está a seguir um plano secreto de avanço tecnológico em todos os aspetos do desenvolvimento de uma arma nuclear. No âmbito deste plano, cientistas nucleares de alto nível no Irão têm estado a trabalhar em segredo para desenvolver todos os componentes necessários para uma arma nuclear”, disse o exército, em comunicado.
Ainda de acordo com os militares israelitas, o Irão trabalhava para produzir “milhares de quilos” de urânio enriquecido, bem como compostos de enriquecimento descentralizados e fortificados “em instalações subterrâneas”, para enriquecer urânio com o objetivo de obter uma arma nuclear “num curto espaço de tempo”.
Nos últimos meses, afirmou o exército, este programa acelerou significativamente.
“Esta é uma prova clara de que o regime iraniano está a operar para obter uma arma nuclear. O Estado de Israel não tem outra escolha”, acrescenta-se no comunicado para justificar os ataques.
Este ataque ocorre precisamente numa altura em que as tensões atingem novos patamares devido aos avanços do programa nuclear de Teerão.
Na quinta-feira, o Conselho de Governadores da Agência Internacional de Energia Atómica censurou o Irão, pela primeira vez em 20 anos, por não colaborar com os seus inspetores.
O Irão anunciou de imediato que iria estabelecer uma terceira unidade de enriquecimento de urânio no país e trocar algumas centrifugadoras por outras mais avançadas.
Os Estados Unidos já tinham retirado alguns diplomatas da capital do vizinho Iraque e ofereceram a retirada voluntária às famílias das tropas norte-americanas destacadas no Médio Oriente.
Trump disse anteriormente que pediu a Benjamin Netanyahu que adiasse qualquer ação, enquanto o Governo de Washington negociava com o Irão: “Enquanto eu achar que há uma [possibilidade de] acordo, não quero que eles entrem porque acho que isso arruinaria tudo”, disse aos jornalistas.
Reação do Irão
Israel Katz, ministro da Defesa de Israel, avisou desde logo que, “na sequência do ataque preventivo do Estado de Israel contra o Irão, são esperados imediatamente ataques com mísseis e drones contra Israel e a sua população civil”.
O Irão já lançou mais de 100 drones contra território israelita e que “todos os sistemas de defesa estão a funcionar para eliminar as ameaças”.
Numa breve conferência de imprensa virtual, o porta-voz do exército de Israel, Effie Defrin, admitiu que se avizinham “horas difíceis” face à resposta do Irão a que mataram altos funcionários militares e nucleares iranianos.
O líder supremo do Irão, Ayatollah Ali Khamenei, afirmou que Israel vai ter uma “dura punição” depois do ataque direcionado ao programa nuclear do Irão e que matou ainda vários comandantes militares.
“O regime sionista (Israel) desencadeou a sua mão perversa e sangrenta num crime contra o Irão esta manhã e revelou a sua natureza vil. Com este ataque, o regime sionista preparou um destino amargo para si próprio e que certamente irá receber“, afirma em comunicado Ali Khamenei.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão acrescentou que os Estados Unidos, como maiores aliados de Telavive, serão responsáveis pelas consequências das ações de Israel.
Uma ameaça no mesmo sentido foi também já emitida pela Guarda Revolucionária, a força de elite do Irão. Em comunicado, afirma que Israel pagará um preço alto por seu ataque, no qual morreu o comandante da Guarda, Hossein Salami, e ameaça com uma retaliação decisiva.
“O ataque israelita foi levado a cabo com pleno conhecimento e apoio dos maus governantes na Casa Branca e dos terroristas norte-americanos”, pode ainda ler-se.
“O general Hossein Salami, comandante-em-chefe da Guarda Revolucionária, e vários comandantes foram mortos nos ataques do regime sionista”, confirmaram as agências IRNA e Tasnim, esta tendo ligação à Guarda.
A IRNA também informou que um número desconhecido de civis foi morto em áreas residenciais no norte de Teerão.
EUA sabiam
Antes desta ofensiva, a NBC News tinha indicado que um ataque unilateral contra o Irão seria uma rutura dramática de Israel com a administração Trump, que desaprova que tal passo seja dado.
Se as forças israelitas realizarem quaisquer operações contra o Irão, estas seriam conduzidas sem qualquer assistência militar dos EUA, segundo um funcionário da administração Trump.
Essa tese foi reforçada por Marco Rubio. O chefe da diplomacia dos afirmou que Israel disse a Washington que atacar o Irão era “necessário para a sua defesa”.
Rubio alertou na quinta-feira o Irão para não “atingir interesses norte-americanos” em retaliação.
“Não estamos envolvidos em ataques contra o Irão e a nossa principal prioridade é proteger as forças norte-americanas na região”, disse Rubio, citado num comunicado.
O presidente Donald Trump contou que foi informado dos ataques, por Israel, antes de a ofensiva começar. Mas os EUA não participam – o que sugere que a Casa Branca não terá qualquer influência nos planos de Israel.
“O Irão não pode ter uma bomba nuclear e esperamos voltar à mesa de negociação. Veremos”, reagiu Trump.
ZAP // Lusa
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Bandidos a serem bandidos.
Bandidos dos iranianos. Cuidado com estes fanáticos. É urgente rebentar~lhes com tudo o que é nuclear (atómico). Com uma bomba atómica seriam um perigo enorme para a humanidade. Obrigado Israel e EUA.
Sois um bom funcionário. O chefe está contente.
Interessante.
Escrevi o comentário “Bandidos a serem bandidos”, que não vejo publicado, e ao repetir a publicação recebi a informação de que “já tinha dito isso”.
Parece-me detectar aqui alguma hostilidade para com a minha publicação. Não posso deixar de me interrogar: Será que um comentário francamente elogioso para com Israel tinha sido acolhido de forma mais amigável?
(Edit: Entretanto já vejo publicado o comentário anterior. Talvez tenha sido tudo coincidência. Ou uma cache a pregar partidas. Às vezes também acontece!)
Parabéns a Israel.
Sabemos bem como uma ameaça de armas nucleares podem ser usados nas mãos errados (russia) e para a Israel é sobrevivência ao não haver armas nucleares na vizinhança simpatica
Depois de ver esta noticia, lembrei-me que tenho de dar uma tareia no meu vizinho. Mas uma tareia de prevenção, não vá o vizinho arranjar para ali um argumento para me bater.
Bla, Bla, Bla…
O Khomeini telefonou disse pra tu o ires buscar a portela com 2 brasileiras
por momentos pensei que a sua mãe era portuguesa… mas posso ter-me enganado…
Kero é k os palestinianos se fod…
LEI DE TALIÃO – “olho por olho , dente por dente ” Ali Khamenei deve saber muito bem com quem ele está se tratando-se , o aviso foi dado e cumprido na íntegra , mas , se insistir verá o pior acontecer ISRAEL está subindo o tom e a próxima vítima está desenhada a fogo. É o que pensa , joaoluizgondimaguiargondim