“Isqueiro Amarelo” voltou a atear um fogo (e fica em casa com pulseira electrónica)

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Filipe Farinha / Lusa

Um operário da construção civil, que tem a alcunha “Isqueiro Amarelo”, ateou um incêndio neste domingo, muito próximo de uma zona de casas, em Cesar, Oliveira de Azeméis. Apesar de ser reincidente, o homem fica em prisão domiciliária com pulseira electrónica.

O caso reportado pelo Correio da Manhã ilustra a ineficácia da intervenção das autoridades perante situações de incendiários reincidentes, alguns com problemas de álcool, que continuam a actividade criminosa.

No caso de “Isqueiro Amarelo”, o homem já tinha sido detido em 2010, após pegar um fogo na freguesia de Cesar, em Oliveira de Azeméis. Nessa altura, foi condenado a “apresentações periódicas e a tratamento à dependência do álcool”, frisa o CM.

Neste domingo, foi novamente apanhado a atear um fogo numa zona florestal, muito perto de casas, em Macieira de Sarnes, Cesar. Apresentava uma taxa de alcoolemia superior a 3 gramas/litro e ficou em prisão domiciliária com pulseira electrónica, como relata o referido jornal.

Desde o início do ano, já foram detidos mais de 100 presumíveis incendiários, conforme disse à agência Lusa o secretário de Estado da Protecção Civil, José Artur Neves.

O governante refere que o reforço dos meios de prevenção dos incêndios, com patrulhamentos diários das florestas por forças policiais, “tem sido fundamental” para reduzir a eclosão de incêndios e minimizar o seu impacto.

No passado mês de Julho, arrancou um projecto-piloto de reabilitação para incendiários no Estabelecimento Prisional de Lisboa, com um grupo de nove reclusos, conforme anunciou o Diário de Notícias.

Trata-se de um programa “importado do Reino Unido” que “visa a reabilitação comportamental e emocional”, refere o diário, notando que estão em causa reclusos que estão “a cumprir penas que variam entre os três e os seis anos” pelo crime de incêndios.

Sem revelar detalhes sobre os casos dos reclusos envolvidos, o Ministério da Justiça (MJ) aponta ao DN que “para terem sido condenados a estas molduras penais é porque foi muito grave, doloso“.

No total, contam-se actualmente 126 incendiários que cumprem prisão preventiva ou foram condenados por crimes de incêndio, de acordo com dados do MJ citados pelo DN.

ZAP // Lusa

11 Comments

    • Não vou tão longe. Bastaria a prisão e pô-los a trabalhar, no duro, com vista a produzirem riqueza para amortecer os prejuízos por si provocados. E só quando a dívida estivesse saldada, regressariam à liberdade.

  1. a melhor terapia é a cadeia e obriga-los a trabalhar (como diiz o povo de sol a sol) limpando as matas ardidas e a plantar novas arvores
    podia ser que aprendessem.
    ou assim que começa lei dos incendios (como se o tempo estivesse dependente das leis) eram obrigados a regressar à cadeia e assim passavam os meses quentes fechados e assim podiamos ter a certeza que estes ja nao pegavam fogo às matas

  2. A melhor terapia nao é prisao. Era plantar todas as arvores que arderam e reconstruir todas as casas que arderam. Depois de fazer isso podia ir embora. Nunca mais ateava um fogo

  3. A pulseira resolve tudo. Com o dinheiro que se gasta em pulseiras eletrónicas neste país já se tinham construído 2 ou 3 novas prisões e substituido os juizes.

  4. Em Viseu, um determinado indivíduo foi preso preventivamente e não era reincidente. Pena aplicada: 8 anos. Este reincidente fica em casa. Acho que devia ser colocado a morar em casa do(a) juiz(a) com um “isqueirito”
    na mão. Duas “leis” diferentes para o mesmo problema. É o país que temos. Miserável.

  5. É caso para perguntar quem é afinal o verdadeiro incendiário e se o problema vem de facto da justiça mais uma pergunta nos apraz fazer, será que cada juiz julga pela sua própria cabeça e seu prazer sem que tenha que obedecer a uma determinada regra? Estamos entregues à bicharada!.

  6. Colocar uma dúzia deles amarrados a árvores, num ambiente controlado, e pegar fogo, para os deixar arder bem devagarinho, com transmissão televisiva em directo… e aposto que todos os outros nunca mais repetiriam a façanha. Radical, mas simples e eficaz com toda a certeza!

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