A empresária angolana Isabel dos Santos estará a preparar a venda da sua participação na Galp. Uma decisão relacionada com a saída da mulher mais rica de África da Sonangol e com a morte de Américo Amorim.
As recentes divergências entre responsáveis da Sonangol, a petrolífera angolana, e Isabel dos Santos, no âmbito dos dividendos da Galp, podem também ajudar a explicar esta intenção da empresária de deixar a petrolífera portuguesa, avança o jornal El Confidencial.
A publicação cita fontes da Amorim Energia, o maior accionista da Galp, com 33,34% de participação, para constatar que a saída de Isabel dos Santos da empresa está a ser preparada.
O Estado português é o segundo maior accionista da Galp, com 7% das acções.
A Amorim Energia é detida em 55% pelo Grupo Amorim e em 45% pela Esperaza Holding, sociedade que tem participação maioritária (55%) da Sonangol e uma participação minoritária (45%) de Isabel dos Santos.
A empresária ficou “sem margem de manobra na Sonangol“ e “depois do falecimento de Américo Amorim, os laços históricos que uniam estes investidores desapareceram, pelo que a família do rei mundial da cortiça e a própria angolana decidiram soltar amarras na sua relação na Amorim Energia”, constata o El Confidencial.
Assim, “tudo aponta para uma venda“, conclui o jornal.
A participação da Amorim Energia na Galp está avaliada em cerca de 3,8 mil milhões de euros, sustenta o Eco.
Por outro lado, uma fonte ligada a Isabel dos Santos garantiu ao Jornal de Negócios que “a empresária angolana não pretende sair do capital da Galp Energia e que tem uma posição estável no capital da petrolífera angolana”.