A empresária Isabel dos Santos tentou que a operadora angolana Unitel, da qual é administradora, lhe passasse a pagar os salários na ordem dos 44 mil euros em numerário e não através de transferência bancária, escreve o jornal Público.
De acordo com o matutino, que avança a notícia esta segunda-feira, foi em abril e através de uma carta que a antiga dona da Efacec pediu aos recursos humanos da Unitel que os pagamentos passassem a ser feitos em dinheiro vivo.
“[Solicito] que a partir da data de hoje a forma de pagamento da remuneração acordada seja efetuada em numerário e em mão, para levantamento na sede da empresa ou num balcão do banco que me vier a ser indicado por V/ para o efeito”, pode ler-se na carta assinada por Isabel dos Santos a que o diário teve acesso.
A empresária angolana, que por esta altura tinha já várias contas bancárias e bens arrestados em Angola e Portugal, viu o pedido ser rejeitado.
“Sendo a Unitel uma empresa que se rege por elevados padrões de compliance [cumprimento da lei] não pode, de modo algum, estar envolvida em qualquer situação que possa sequer levantar qualquer tipo de suspeita neste domínio”, respondeu a Unitel.
A equipa jurídica da operadora angolana mencionou ainda a lei de prevenção e combate ao branqueamento de capitais de Angola que obriga à comunicação às autoridades de pagamentos em numerário superior a 15 mil dólares para justificar a decisão.
Face à recusa da empresa, Isabel dos Santos ameaçou abriu um processo judicial contra os os administradores da Unitel, queixando-se de incumprimento de contrato.
A ameaça da empresária foi ignorada, tendo a empresa permitido a Isabel dos Santos que indicasse uma outra conta bancária não arrestada pela justiça para que a transferência pudesse ser feita, o que terá acontecido, segundo o jornal Público.
A filha do ex-presidente de Angola detém 25% da operadora de telecomunicações Unitel.
O Público tentou, sem sucesso, contactar Isabel dos Santos para mais esclarecimentos.
Mais do mesmo…
Onde é que está a novidade????
Ora se não se quer deixar rasto é porque coisa boa não é!