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IPO do Porto vai começar a revistar utentes e funcionários

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IPO Porto

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O IPO do Porto está a ponderar um sistema de revista a todas as pessoas que entram e saem das instalações para prevenir roubos de equipamentos e bens pessoais.

O Instituto Português de Oncologia do Porto vai começar a revistar sacos, malas e carros de utentes e funcionários para controlar os roubos dentro das instalações, avança o Diário de Notícias.

De acordo com uma norma aprovada no final do ano, à qual o DN teve acesso, estarão previstas ações de controlo “tanto frequentes como possíveis” para evitar roubos de equipamentos, material clínico, bem como de bens dos próprios doentes.

Contactado pelo jornal, o IPO desvaloriza o impacto desta operação, uma vez que já é um procedimento “comum a outras unidades hospitalares e múltiplas empresas privadas”.

O presidente do conselho de administração do IPO do Porto, Laranja Pontes, refere que estas medidas, assim como um sistema de videovigilância, “visam proteger os utentes e os profissionais de situações de furto, bem como a unidade”.

O responsável recorda o caso de uma pessoa que vestiu uma bata e roubou portáteis de alguns médicos ou de um outro indivíduo que furtou carteiras aos utentes.

Todos os utilizadores das instalações, quer sejam funcionários, doentes, visitantes ou outros, serão sujeitos a este controlo. Caso o recusem, poderá ser chamada a PSP para intervir.

Cabe a uma empresa de segurança privada a realização destas revistas, com pelo menos dois seguranças, em locais “preferencialmente resguardados e discretos”.

A norma não está a ser muito bem aceite por todos. Caso disso é Maria Merlinde Madureira, da Federação Nacional dos Médicos, que considera a forma como o controlo será feito “não muito elegante para os utentes e funcionários”.

“Apesar de haver necessidade de tomar medidas, porque o problema afeta todas as unidades, esta forma não é discreta e é acintosa com toda a gente. Mas penso que não será ilegal”, explica.

Jorge Matta, advogado da FNAM, considera a medida “manifestamente excessiva”. “A menos que haja roubos avultado de bens, não se justifica uma ação tão intrusiva, sem suspeitas, como se todos tivessem cometido um crime”, defende.

ZAP

5 Comments

  1. Medida acertada pois é muito frequente vêr funcionários que colocam “sacos do lixo” nas malas dos carros. pressuponho que estarão a fazer “limpeza” do economato

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