Investigação confirma que o azeite protege contra o cancro da mama

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Quatro colheres de sopa de azeite virgem extra por dia são suficientes para reduzir em 68% o risco de se sofrer cancro da mama. É o que conclui uma investigação científica feita em Espanha.

Os resultados deste estudo intitulado “Predimed”, que arrancou em 2003 com 7447 participantes, foram agora apresentados em Madrid e são divulgados pelo jornal El Mundo.

“As mulheres que consomem quatro colheres de sopa de azeite virgem extra por dia reduzem em quase dois terços o risco de virem a desenvolver cancro da mama”, é o que se conclui da pesquisa, conforme aponta o diário.

O “Predimed” é o maior estudo já feito em Espanha em torno dos benefícios da dieta mediterrânica. Desde 2013, os investigadores têm vindo a divulgar as conclusões retiradas e agora apresentam em concreto as considerações sobre o consumo de azeite.

Entre os participantes da investigação, 4282 eram mulheres que, durante 10 anos, receberam um litro de azeite virgem extra todas as semanas.

“A indicação foi que não usassem nenhum outro tipo de azeite em casa, nem manteiga, nem de girassol, nem para cozinhar, nem em cru”, explica o líder do estudo, Miguel Ángel Martínez, professor catedrático da Universidade de Navarra, segundo citação do El Mundo.

Estas mulheres foram divididas em três grupos com características idênticas, mantendo um grupo uma dieta mediterrânica rica em azeite virgem extra (50 gramas por dia), outro uma dieta mediterrânica rica em frutos secos (30 gramas diários de nozes e amêndoas ou avelãs) e o último uma dieta baixa em gorduras.

Em todas as mulheres registaram-se apenas 35 casos de cancro da mama em 5 anos de investigação – segundo as estatísticas, 1 em 8 deveriam ter desenvolvido a doença.

Nas que consumiram azeite virgem extra verificou-se uma redução do risco de cancro da mama de 68%.

O consumo de frutos secos também motivou uma protecção contra a doença, mas de modo menos significativo.

Miguel Ángel Martínez explica ao El Mundo que o azeite possui polifenóis que têm capacidade para travar a progressão do cancro.

O investigador considera, assim, que seria interessante avaliar o efeito do azeite em pacientes já diagnosticados com tumores cancerígenos.

Ele aconselha também todos os pacientes de cancro, e toda a gente em geral, a incluírem o azeite na sua dieta, mas sempre de forma moderada.

ZAP

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