Guardas prisionais processados por “torturarem” detidos de Oklahoma com a canção “Baby Shark” em loop

(cv) PinkFong

“Baby Shark”, que ganhou popularidade em 2018, tem mais de 9,6 mil milhões de visualizações no YouTube

“Baby shark” (doo doo doo doo doo doo doo doo) é uma daquelas músicas que, assim que entra na cabeça, já não consegue sair.

Três ex-reclusos do Centro de Detenção do Condado de Oklahoma, nos Estados Unidos, entraram com uma ação judicial contra a antiga administração prisional por, alegadamente, tocarem a canção “Baby Shark” repetidamente para os atormentar.

Segundo os queixosos, tudo aconteceu em 2019, quando foram alegadamente algemados e forçados a ficar contra uma parede a ouvir “Baby Shark” em loop. De acordo com o Insider, Daniel Hedrick, Joseph “Joey” Mitchell e John Basco pedem agora 75 mil dólares (cerca de 65 mil euros) de indemnização.

O processo cita o psicólogo clínico John Mayer, que defende que canções como esta poderiam “suscitar respostas de dor no cérebro” por causa dos “tons agudos” e sons “gritantes”.

Além disso, a música alta, um método “cruel e desumano” que coloca os detidos num elevado estado de “stress emocional”, já foi usada anteriormente para “prejudicar e atormentar” prisioneiros em Auschwitz e Guantanamo Bay.

O Insider dá conta de que os dois guardas acusados se demitiram, na sequência de uma investigação interna, e o seu supervisor reformou-se na altura dos alegados acontecimentos.

O julgamento terá lugar em fevereiro de 2022.

Se usar música alta é um método de tortura antigo, também não é a primeira vez que a tática de tocar “Baby shark” em loop é usada para o fazer.

Em 2019, a cidade de West Palm Beach, na Flórida, usou músicas infantis em loop para evitar que os sem-abrigo dormissem no parque da cidade durante a noite.

Numa tentativa desesperada e bizarra de afugentar os sem-abrigo do parque, a cidade usou um loop das músicas infantis “Baby Shark” e “Raining Tacos”, tocada em contínuo durante a noite.

Baby Shark” ganhou popularidade em 2018, contando atualmente com mais de 9,6 mil milhões de visualizações no YouTube. A outra música escolhida é “Raining Tacos“, que conta “só” com 49 milhões de visualizações.

ZAP //

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