Os custos de tradução de inglês para português dos documentos enviados pela Oliver Wyman ascendiam a 100 mil euros.
A comissão parlamentar de inquérito ao Novo Banco recebeu um conjunto de documentos em inglês, para os quais pediu orçamentos para avaliar os custos de tradução, avança o Público. Traduzir a documentação da Comissão Europeia e da Oliver Wyman implicava uma despesa de 130 mil euros.
Fernando Negrão disse ao diário que “a Comissão Europeia enviou um conjunto de documentos em inglês ligados à questão da resolução do BES” e que a tradução para português ficaria em 30 mil euros.
A comissão de inquérito decidiu então enviar uma carta para o executivo comunitário a solicitar que enviem os documentos em português, uma vez que é uma das línguas oficiais da União Europeia (UE).
Já os documentos da Oliver Wyman representavam uma despesa de 100 mil euros. De acordo com Negrão, esta é a consultora americana que dá o aval ao valor pedido pelo Novo Banco ao Fundo de Resolução ao abrigo do mecanismo de capital contingente, através da verificação das contas do Novo Banco.
O matutino avança que a estratégia da comissão passará por acolher a documentação tal como está, ou seja, na versão em inglês. Uma matéria que, segundo o matutino, Negrão vai tratar com os deputados da comissão de inquérito.
O Público avança ainda que as audições de Carlos Costa e Vítor Constâncio, antigos governadores do Banco de Portugal (BdP), previstas para esta terça-feira, foram adiadas para depois do estado de emergência, ou seja, depois da Páscoa.
Com o adiamento, a comissão de inquérito fica apenas com uma audição para esta semana, a de João Moreira Rato, administrador financeiro do BES nos últimos dias antes da resolução e um dos primeiros gestores do Novo Banco. A audição está marcada para quinta-feira às 10h.