Inglaterra pode tornar-se o primeiro país do mundo a prescrever cigarros eletrónicos licenciados para ajudar a reduzir as taxas de tabagismo.
Em comunicado, o Governo britânico explica que os cigarros eletrónicos poderão vir a ser prescritos pelo Serviço Nacional de Saúde (NHS) para ajudar as pessoas a deixarem de fumar, acrescentando que a Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos para a Saúde (MHRA) vai atualizar as suas orientações nesse sentido.
Desta forma, os fabricantes poderão abordar a MHRA para enviar os seus produtos para que estes passem pelo mesmo processo de aprovação que os outros medicamentos disponíveis no mercado. Se um produto receber a aprovação desta agência, os médicos poderiam então decidir, caso a caso, se seria apropriado prescrever um cigarro eletrónico aos seus pacientes para ajudá-los a deixar de fumar.
Se algum dos produtos vier a ser aprovado, isto significa que Inglaterra se tornaria o primeiro país do mundo a prescrever cigarros eletrónicos licenciados.
Na mesma nota, o Executivo britânico destaca que os cigarros eletrónicos contêm na mesma nicotina e não são isentos de risco, no entanto, análises feitas por especialistas do país e dos Estados Unidos já mostraram que estes produtos, os que estão regulamentados, são menos prejudiciais do que o tabaco. Ainda assim, pessoas que não fumam ou crianças e jovens não devem utilizar estes cigarros eletrónicos, acrescenta.
O Governo relembra que ainda existem 6,1 milhões de fumadores em Inglaterra e que o tabagismo continua a ser a principal causa evitável de morte prematura.
Esta é mais uma medida para tentar reduzir as taxas de tabagismo. Na semana passada, também foi noticiado que os deputados britânicos querem tornar obrigatória a impressão de avisos, como o slogan “Fumar mata”, em cada cigarro.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabaco é a causa de morte de mais de oito milhões de pessoas por ano – quer por consumo direto, quer como resultado da exposição ao fumo passivo (cerca de um milhão).