Inflação alta? Nos restaurantes Michelin não se nota

Lotação esgotada em restaurantes de alto nível – e os clientes continuam disponíveis para pagar pela qualidade.

Lá como cá, a inflação é assunto. Os preços atingem valores nunca vistos em diversos sectores, incluindo (e sobretudo) na alimentação. Neste caso, na restauração.

Se os alimentos estão mais caros, comer num restaurante fica obviamente mais caro. Mas os restaurantes com estrelas Michelin continuam cheios.

O relato, lá como cá, chega-nos dos Países Baixos, através da agência ANP, citada no portal NL Times.

Os gerentes dos restaurantes Michelin holandeses não se queixam: o negócio não abrandou. Há inúmeras reservas, sala cheia quase todos os dias.

Um restaurante em Zwolle, por exemplo, revelou que há reservas “para o futuro” e que a pandemia criou clientes “um pouco mais luxuosos”.

Os responsáveis por um espaço em Amstelveen não escondem: “Para ser honesto, as reservas estão a correr muito bem. E também não temos problemas com falta de pessoal. Nesse aspecto, estamos numa posição luxuosa”.

Em Roterdão, as receitas continuam a aumentar: “Uma vez que os convidados estão aqui, o ‘céu é o limite‘. As pessoas que vêm até nós conseguem pagar; e querem divertir-se”.

Os clientes querem jantar em restaurantes de alto nível. E aparentemente continuam disponíveis para pagar por isso – mesmo quando os preços estão (ainda) mais altos, agora.

“É claro que houve alguns aumentos de preços. Tentamos adiá-los o máximo possível, mas também tivemos que aumentar um pouco os nossos preços, recentemente”, admitiu o gerente de um dos espaços.

Outro olhou para o lado do cliente: “Claro que cobramos preços mais altos, não havia forma de escapar. Mas as pessoas sabem ao que vêm, por isso não nos afecta”.

No geral, todas as despesas subiram cerca de 15% em média, exceptuando eletricidade e gás.

Há pandemia, há crise energética, há inflação mas os restaurantes famosos não têm problemas.

ZAP //

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