Se o ordenado do trabalhador não foi actualizado, os 14 salários vão transformar-se em 13, de acordo com o Conselho das Finanças Públicas.
A inflação está a ter efeitos consideráveis nos gastos de muitos portugueses – sobretudo entre aqueles cujos salários não subiram, nem vão subir.
O Conselho das Finanças Públicas (CFP) divulgou nesta sexta-feira que a taxa de inflação anual em Portugal deve atingir os 7,7% neste ano.
Caso esse cenário confirme, será um valor 8,3 vezes maior do que a inflação registada no ano passado, que se ficou pelos 0,9%. Em 2023 a inflação deverá diminuir para 5,1%.
Os 7,7% significam que, em 2022, se o salário de um trabalhador não for actualizado, essa pessoa vai receber salários de 13 meses em vez de 14, cita o Jornal de Notícias.
O CFP confirma que a consequência mais evidente da inflação é a perda do poder de compra. É um efeito “de grande importância”, alerta.
“A retracção do consumo é também explicada pelo aumento das taxas de juro recentemente determinado pelo Banco Central Europeu”, lembra a instituição.
A inflação causa também a perda de valor de um montante em dívida ou de activos financeiros (depósitos bancários, por exemplo), que se encontrem “definidos em termos nominais”.