A taxa de inflação do Reino Unido subiu para 9% em abril, o valor mais alto desde que a estatística é publicada — janeiro de 1989.
A variação anual do índice de preços no consumidor (IPC) do Reino Unido fixou-se em 9% em abril, a taxa de inflação mais alta desde janeiro de 1989, segundo os dados divulgados esta quarta-feira pelo Office for National Statistics (ONS).
O valor pode ser comparado com uma taxa de inflação homóloga de 7% em março, e de 1,5% em abril de 2021.
A inflação fixou-se em 7,8% em abril, a contar com os custos de habitação, comparada a 6,2% no mês anterior. Este valor representa a maior taxa de inflação desde abril de 1991, segundo o Expresso.
As maiores contribuições para a taxa de inflação anual vieram de habitação e serviços domésticos, onde se inclui a eletricidade e o gás — componentes que têm sido influenciados pela guerra na Ucrânia — e transportes, nomeadamente os combustíveis, de acordo com os dados da ONS.
Estes valores juntos representam 4,23 pontos percentuais, mais de metade da taxa de inflação incluindo os custos de habitação. Na variação em cadeia a inflação avançou 2,5% em abril, face aos 1,1% de março.
Uma nova sondagem do instituto Ipsos revelou ainda que um em cada quatro britânicos está preocupado com o aumento do custo de vida nos próximos meses.
As pessoas com rendimentos mais baixos são as mais inquietas com a situação, com mais de metade das que ganham menos de 20 mil libras por ano a afirmarem estar “muito preocupadas”.
O cenário é semelhante independentemente da região do Reino Unido e o inquérito mostra que três em cada cinco pessoas já tiveram de começar a desligar o aquecimento para baixarem as faturas energéticas.
Há que agradecer aos profetas do Brexit!…