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Um em cada quatro britânicos começou a saltar refeições devido à inflação

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A maioria dos inquiridos já começou a cortar nos pequenos “luxos”, como as subscrições dos serviços de streaming e nas saídas para socializar, mas uma grande percentagem dos britânicos já teve mesmo de cortar nas refeições.

Uma nova sondagem do instituto Ipsos para a Sky News revela que um em cada quatro britânicos está preocupado com o aumento do custo de vida nos próximos meses.

As pessoas com rendimentos mais baixos são as mais inquietas com a situação, com mais de metade das que ganham menos de 20 mil libras por ano a afirmarem estar “muito preocupadas”.

O cenário é semelhante independentemente da região do Reino Unido e o inquérito mostra que três em cada cinco pessoas já tiveram de começar a desligar o aquecimento para baixarem as facturas energéticas, isto depois dos preços terem aumentado 54% em Abril e com outra grande subida prevista para Outubro.

Outras actividades que não são essenciais também estão a ser cortadas, com 52% dos inquiridos a admitirem que saem menos para socializar. 44% evitam conduzir quando não é necessário para pouparem nos combustíveis, 31% estão a trabalhar mais a partir de casa e 29% cancelaram as subscrições de serviços de streaming.

Um sinal mais preocupante é que 27% dos inquiridos, o que equivale a mais de uma em cada quatro pessoas, admitem já terem saltado refeições para pouparem dinheiro.

Antecipa-se que a inflação chegue aos 10% até ao final do ano no Reino Unido e os preços de bens alimentares essenciais, como a manteiga ou a carne de frango, já subiram mais um décimo.

Duas em cada cinco pessoas afirmam que já estão a fazer compras em supermercados mais baratos e 39% admite usar sites que comparam dos preços.

As previsões para o futuro também não são optimistas, com 70% dos britânicos a anteciparem um grande aumento dos preços das utilidades, como a electricidade ou a água. Quase metade também já está a contar com uma subida nas rendas ou nas prestações do crédito à habitação e 85% prevê uma continuação da tendência de aumento dos preços dos alimentos.

Adriana Peixoto, ZAP //

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