A grande subida de preços dos kebabs nos últimos meses levou a apelos a que o Estado subsidie o famoso prato e já há um partido a apoiar a medida.
A crise gerada pelo aumento do custo de vida levou a que os alemães se revoltassem na defesa dos preços baixos de um produto inesperado: kebabs.
O Partido de Esquerda alemão até já propôs que sejam usados fundos estatais para limitar o preço deste prato popular, de modo a torná-lo mais acessível, especialmente para os jovens. Esta sugestão surge numa altura em que se prevê que o preço das espetadas ultrapasse os 10 euros, um aumento significativo em relação ao preço médio atual de 7,90 euros.
Kathi Gebel, membro da comissão executiva do Partido da Esquerda, deixou um apelo ao chanceler Olaf Scholz. “Quando os jovens exigem: Olaf, põe o kebab mais barato, então não é uma piada de internet, mas um sério pedido de ajuda! O Estado deve intervir para que a comida não se torne um artigo de luxo”, defende.
A proposta do seu partido inclui a fixação do preço dos kebabs em 4,90 euros para o público em geral e em 2,50 euros para os jovens. A iniciativa do Partido da Esquerda visa dar resposta às pressões económicas que os vendedores de kebab enfrentam, como o aumento das rendas e dos custos de eletricidade, que contribuem para o aumento dos preços, aponta a Sky News.
De acordo com o seu relatório, o custo potencial da implementação de tais subsídios poderia ser de quase quatro mil milhões de euros, considerando que os alemães consomem cerca de 1,3 mil milhões de kebabs por ano.
O tema chegou mesmo ao chanceler alemão Olaf Scholz, que comentou que é frequentemente confrontado com questões sobre os preços dos kebabs durante os seus compromissos, sublinhando a importância cultural e económica do prato.
Esta discussão na Alemanha reflecte questões semelhantes no Reino Unido, onde o custo dos takeaways aumentou drasticamente. O diretor executivo da Deliveroo sublinhou, em março, que a inflação alimentar está a ultrapassar o crescimento dos salários em cerca de dois para um, embora o governo britânico não tenha proposto quaisquer medidas como o limite de preço do kebab na Alemanha.
