Depois da saída de André Silva, Inês de Sousa Real anuncia a sua candidatura à liderança do PAN e já está a preparar a lista e a moção de estratégia para apresentar no Congresso, agendado para 5 e 6 de junho. O anúncio foi feito este sábado pela líder parlamentar.
Ao Expresso, a deputado do PAN revelou que “foi uma decisão muito recente, em virtude da não perpetuação de cargos de liderança assumida pelo partido. O PAN nunca teve uma porta-voz e penso que já é altura de ter uma mulher como porta-voz. Sou a militante número 45, estou no partido desde a sua fundação e quero muito uma viragem pela positiva”.
A líder parlamentar aproveitou ainda para fazer um apelo à união do partido, que teve um ano atribulado, marcado por polémicas e saídas.
Inês de Sousa Real garante que, caso seja eleita, tenciona manter a tradição e ceder o seu lugar no comando da bancada parlamentar. O “mais lógico”, realça, será Bebiana Cunha substitui-la no cargo. No que diz repseito à lista para a CPN, esta terá entre os 27 membros militantes de norte a sul do país e respeitará o princípio da paridade
Questionada sobre a saída de André Silva, porta-voz desde 2014 e até agora a figura mais conhecida do PAN, admite que será preciso iniciar um novo caminho, mas acredita que o partido não será penalizado.
Na eventualidade de ser eleita deixa claro que o PAN “não fará fretes” ao Governo. A líder parlamentar justifica a viabilização do OE 2021 face a medidas essenciais de resposta à covid-19, assim como a aprovação de outras medidas importantes para o partido como a contratação de mais 261 profissionais para o INEM ou o reforço da verba para os Centros de Recolha Oficial de Animais.
O diálogo e a procura de entendimentos com o Executivo é estratégia para continuar, mas deixa um aviso: “é importante ter noção de que o PAN não será o pin na lapela do PS ou outro partido que esteja no Governo
A vários meses das autárquicas, o partido está ainda a concluir a estratégia para as eleições, mas já assumiu que face às “características identitárias muito próprias” não apostará em alianças pré-eleitorais. “Admitimos coligações só em casos muito pontuais”, frisa.
Para Inês Sousa Real, o objetivo do PAN é conseguir um lugar na vereação em Lisboa e no Porto, estando confiante num “bom resultado”, ainda que com maior “probabilidade” na capital.
Também concordo. Talvez assim finalmente o PAN chegue ao lugar que merece… a nulidade política!!