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INE confirma crescimento de 2,8%, o mais positivo dos últimos 10 anos

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O Instituto Nacional de Estatística confirmou, esta quarta-feira, que a economia portuguesa cresceu 2,8% em termos homólogos e 1% em cadeia no primeiro trimestre deste ano, mantendo os números divulgados na estimativa rápida.

Desta forma, o INE confirmou que o desempenho homólogo do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre foi o mais positivo dos últimos dez anos, já que iguala o crescimento verificado no último trimestre de 2007, período em que a economia portuguesa cresceu também 2,8%.

Estes números confirmam também uma aceleração da economia portuguesa, que tinha crescido 2% em termos homólogos no primeiro trimestre de 2016 e 0,7% no último trimestre de 2016.

O INE explica que a aceleração do PIB no primeiro trimestre deste ano, em termos homólogos, “resultou do aumento do contributo da procura externa líquida“, devido a uma subida mais acentuada das exportações (+9,7%) do que a observada nas importações (+8%).

“As exportações de bens e serviços em volume registaram um crescimento mais intenso no primeiro trimestre, passando de uma variação homóloga de 6,6% no quarto trimestre para 9,7%, com ambas as componentes, bens e serviços, a contribuírem no mesmo sentido”, destaca o INE, salientando que as exportações de bens aumentaram 9,2% no primeiro trimestre e as de serviços apresentaram uma variação homóloga de 10,9%.

Também as importações de bens e serviços em volume aceleraram ligeiramente, aumentando 8% em termos homólogos, após um crescimento de 7,7% no trimestre anterior.

A procura externa líquida (as exportações subtraídas as importações) contribuiu com 0,5 pontos percentuais para o crescimento homólogo do PIB no primeiro trimestre deste ano, quando no trimestre anterior subtraía ao PIB 0,6 pontos percentuais, o que, segundo o INE, “traduziu a aceleração mais pronunciada das exportações de Bens e Serviços que a observada nas importações”.

Por outro lado, embora o contributo da procura interna para o PIB continue elevado (2,3 pontos percentuais) diminuiu no primeiro trimestre (eram 2,6 pontos no trimestre precedente).

A desaceleração da procura interna foi justificada sobretudo com o consumo privado, que registou uma variação homóloga de 2,2% no primeiro trimestre (abaixo da variação de 3% registada no trimestre anterior).

Em sentido oposto, verificou-se uma aceleração do investimento, que passou de um crescimento de 3,6% no quarto trimestre para 5,5% no primeiro trimestre.

O INE destaca que a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) acelerou de 5,2% no quarto trimestre para 8,9%, sendo que o investimento em construção foi a componente que mais contribui para o crescimento da FBCF no primeiro trimestre, registando um aumento homólogo de 8,5% em termos reais (1,5% no trimestre anterior).

O consumo público apresentou uma taxa de variação homóloga de -0,4%, o que compara com uma variação nula no trimestre anterior. O INE recorda que a evolução do consumo público a partir do segundo semestre de 2016 foi influenciada pela alteração do período normal de trabalho na Administração Pública de 40 para 35 horas semanais, “com o consequente aumento do deflator da componente de remunerações e efeito negativo em volume”.

O INE dá conta também de que o emprego (corrigido de sazonalidade) aumentou 3,2% no primeiro trimestre, acima da subida de 2,4% registada no quarto trimestre.

// Lusa

3 Comments

  1. Não sei se é o caso, mas por vezes, certas estatísticas que o INE divulga faz-me lembrar aquele ministro iraquiano que dizia que estava tudo bem e que os norte americanos ainda estavam longe….lol

  2. As duas meninas na foto devem fazer parte dos 25% de jovens à procura de um emprego, neste país em enorme crescimento e com níveis baixíssimos de desemprego. (?!)
    Há engenharia financeira, mas também há indicadores económicos cozinhados.
    Turismo à parte, o que sobra neste país de crescimento ?!

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