Novo imposto já foi aprovado: “Não estamos a falar de alguns milhões de euros, mas sim de milhares de milhões”.
Surpresa na política italiana, mesmo antes das férias de Verão. Foi aprovado um imposto que não tinha sido partilhado pela comunicação social ao longo dos últimos dias.
As taxas de juros Euribor, que têm atingido patamares inéditos ao longo do último ano, renderam lucros recordes para os bancos em Itália (e não só).
Os credores conseguiram aumentar o custo dos empréstimos, evitando pagar mais sobre os depósitos.
Nesta sequência, o Governo italiano aprovou a criação de um imposto de 40% sobre os lucros extraordinários dos bancos.
O Executivo liderado por Giorgia Meloni criou um imposto limitado a este ano e ano passado, sem exceder 25% do património líquido.
As receitas vão servir, exclusivamente, para “apoiar a compra de hipotecas e para a redução de impostos”, justificou o Governo.
“É uma medida congruente e vai alimentar as reduções fiscais e apoiar as hipotecas”, explicou Matteo Salvini, vice-primeiro-ministro e ministro dos Transportes e Infraestruturas.
Esta medida segue o percurso tomado por outros países europeus, como Espanha ou Hungria.
A medida já começou a derrubar as acções dos bancos em Itália: 6% no índice bancário local.
O Governo espera arrecadar cerca de 3 mil milhões de euros com esta medida, informa a Reuters.
Mas estima-se que as margens sejam bem maiores: só no banco Intesa Sanpaolo a margem líquida de juros será de 13.5 mil milhões de euros.
Analistas do Bank of America estimam que o novo imposto pode custar aos bancos entre 2% e 9% dos seus ganhos.
Este imposto surge poucos dias depois de vários bancos terem apresentado lucros recorde, nas contas do primeiro semestre de 2023. As taxas aumentaram, os lucros superaram as estimativas.
Por isso, Salvini sublinhou que está em causa muito dinheiro: “Basta olhar para os lucros dos bancos no primeiro semestre para percebermos que não estamos a falar de alguns milhões de euros, mas sim de milhares de milhões”.
O ministro destacou também que, tal como noutros países, há uma grande diferença entre as taxas dos bancos aplicadas a empréstimos e depósitos.
Ficamos a saber que a Hungria é um país espanhol a par da espanha.
Será de rever os manuais?…
Boa tarde caro ZAP.
“Esta medida segue o percurso tomado por outros países espanhóis, como Espanha ou Hungria.” – não existem “países espanhóis” – na melhor das hipóteses, países que utilizem a língua espanhola… mas a Hungria não o será, certamente….
“Este imposto surge poucos dias depois de vários bancos terem apresentado lucros recordes, nas contas…(…)” – lucros recorde – por favor…
Podem corrigir, p.f.? Boa semana de trabalho, porque o jornalista desta notícia das duas uma: precisa de férias ou já regressou mas ainda não se habituou! 🙂
Olá, Maria João.
Falhas corrigidas, obrigado.