Igreja esconde à Justiça padre suspeito de pedofilia. Caso não foi comunicado à polícia

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Igreja afastou o padre Manuel Machado, de Vila Pouca de Aguiar, por suspeitas de pedofilia, mas não comunicou o caso às autoridades.

O padre Manuel Machado é suspeito de abusar de criança, em Sintra, há mais de trinta anos. As suspeitas já o levaram a ser afastado de três paróquias de Vila Pouca de Aguiar, mas nunca chegaram à Polícia Judiciária, uma vez que a Igreja nunca o denunciou, avança o Correio da Manhã.

“Ele com os adultos era ríspido, mas com as crianças parecia diferente. Principalmente com um grupo de rapazes que estava sempre à espera dele e a quem ele dava sempre muitas prendas”, contou uma moradora ao CM.

O matutino sabe que o processo não foi comunicado pela Igreja à Polícia Judiciária de Vila Real, nem à PJ de Lisboa, onde o crime terá ocorrido há mais de 30 anos.

“Não sabemos de nada, nem sequer sabemos onde está o padre. Desapareceu daqui e nem sabemos se as suspeitas são ou não verdadeiras”, disse outra moradora.

Foi a própria Igreja que decidiu dar conta do afastamento do padre Manuel Machado, no início deste ano, sem no entanto ter fornecido qualquer detalhe sobre as suspeitas de violação.

Na semana passada, foi notícia que D. Manuel Clemente soube que um padre foi acusado de abusos sexuais de menores, mas nada fez em relação ao acusado. Os alegados abusos já decorreram na década 1990.

Recentemente, em carta aberta, o Cardeal-Patriarca de Lisboa disse que foram encaminhadas três denúncias à Comissão Diocesana do Patriarcado de Lisboa. “A primeira foi acompanhada pela diocese de Vila Real”, lê-se na carta, referindo-se ao caso do padre Manuel Machado.

O Patriarcado de Lisboa revelou esta segunda-feira que afastou um sacerdote por ser suspeito de um “crime de violação”. O pároco em questão é o capelão do hospital de Alcoitão, João Cândido da Silva.

A vítima é uma mulher, maior de idade, que garante ter feito queixa na GNR e deslocado-se ao hospital após a alegada violação. No entanto, a PJ diz não ter conhecimento do caso.

“Ele quis sexo à bruta, queria que eu fosse a escrava sexual dele. Bateu-me, deixou-me toda negra. Eu gritava para ele parar: ‘Pára, João! Pára, João!’ – e ele não parou”, contou a vítima, reiterando que os exames feitos no hospital constam do processo.

Daniel Costa, ZAP //

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