Num dos maiores túmulos já encontrados no complexo egípcio de Luxor, uma equipa de arqueólogos descobriu um sarcófago com uma múmia de uma mulher chamada Pouyou. Segundo o Ministério das Antiguidades do Egito, a mulher terá vivido durante a 18.ª dinastia egípcia.
No passado sábado, o Egito anunciou descoberta de um antigo túmulo faraónico, bem como vários sarcófagos e artefactos funerários numa necrópole perto da cidade de Luxor. Pouyou é uma das múmias até agora identificadas pelos especialistas.
De acordo com o Ministério egípcio, foram encontradas várias múmias no interior de sarcófagos perto deste enorme túmulo. Um dos sarcófagos tinha hieróglifos gravados alusivos a deusa Mut, esposa de Amon e mãe adotiva de Khonsu.
Ao contrário do acabou por se disseminado em alguns meios de comunicação social, as múmias não foram todas encontradas num só túmulo. Tal como nota o Live Science, foram identificados vários sarcófagos em diferentes túmulos.
Túmulo familiar de Pouyou?
O túmulo TT33 – tal como é conhecido entre os arqueólogos que exploram a área – é um dos maiores já encontrados em Luxor, cidade onde, nos tempos do Antigo Egito, se localizava Tebas. Este túmulo está a ser um investigado por uma equipa de arqueólogos franceses, liderada por Frédéric Colin, professor de Egiptologia na Universidade de Estrasburgo, na França.
Este túmulo tem sido alvo de escavações arqueológicas desde o século XIX, tendo revelado já vários artefactos. Ainda assim, dois século depois e devido às suas grandes proporções, restam ainda muitas partes por explorar.
Foi neste túmulo que a equipa de cientistas trouxe encontrou o sarcófago de Pouyou, trazendo-a de novo à luz mais de três mil anos depois. Em comunicado, a equipa revelou que a mulher terá vivido durante a 18.ª dinastia (1550-1295 a.C) e a sua múmia foi encontrada num ótimo estado de preservação.
Na época, o Egito era independente e poderoso, tendo mesmo chegado a controlar todo um império que se estendia até ao território onde hoje se localizada a Síria. O sarcófago de Pouyou foi aberto durante uma conferência de imprensa no passado sábado. De acordo com o Guardian, esta foi a primeira vez que os arqueólogos abriram um sarcófago totalmente selado em frente aos média.
A equipa encontrou também um outro sarcófago no interior do túmulo, mas não é ainda conhecida a identidade da múmia. Segundo a nota divulgada, o seu design e pintura sugerem que esta segunda múmia pertença à 17.ª dinastia (1580-1550 a.C). Na altura, os Hicsos – um grupo da Ásia ocidental – controlava parte do Egito.
Várias outras múmias foram descobertas no túmulo, não estando envolvidas em qualquer sarcófago, ao contrário das acima mencionadas. O Ministério das Antiguidades do Egito adiantou, através do Twitter, que estas múmias podem ser uma família, mas não é ainda certo em que tempo terão vivido ou se estarão relacionadas a Pouyou.
Thaw InkhetIf, o supervior da mumificação
Apesar do enorme número de achados, as descobertas prometem não ficar por aqui. Num outro túmulo (TT28) foi encontrado em Luxor, com vários sarcófagos e múmias no seu interior. Uma equipa egípcia, liderada por Mostafa Waziri, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades, está a escavar este túmulo. Embora os arqueólogos soubessem da sua existência, grande parte do túmulo nunca explorado por cientistas.
Hieróglifos identificados num destes sarcófagos sugerem que o túmulo pertence pertence a Thaw InkhetIf, que terá sido supervisor de um santuário de mumificação de Tebas, avançou também o Ministério egípcio.
Os hieróglifos indicam que InkhetIf teve uma série de títulos e que as pessoas que trabalharam no seu santuário adoravam a deusa Mut, esposa do deus Amon.Em determinados pontos da História do Egito, Amun era considerado o deus mais poderoso, estando o seu culto baseado na cidade de Tebas.
Dentro deste túmulo, os arqueólogos encontraram mais múmias e sarcófagos, assim como os fragmentos de cerca de 1.000 figuras “Ushabtis”, apontou o Ministério. Estes objetos eram comummente enterrados no Egito para servir o falecido na vida após a morte.
As escavações e as análises aos objetos encontrados em Luxor continuam em andamento.
As autoridades egípcias anunciam regularmente descobertas arqueológicas, embora o país seja frequentemente acusado de falta de rigor científico e negligência das suas antiguidades. Sítios arqueológicos, particularmente em Luxor, fazem do Egito uma atração importante para turistas estrangeiros.
O Egito tem vindo a publicitar as novas descobertas na esperança de reanimar o setor do turismo, que ainda está a recuperar da turbulência ocorrida após a revolta de 2011 que derrubou o ditador de longa data Hosni Mubarak.
ZAP // LiveScience
HUMMMMMM! mnham!!!! Almoço!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
E porque razão não será Egipto, será que o país mudou de nome?
É para esconder a descoberta do Peru lol